Mais 12 pessoas foram assassinadas na região metropolitana de São Paulo na madrugada desta sexta-feira (9). Um ônibus também foi atacado na zona sul da cidade e o cobrador ficou gravemente ferido. A empresa decidiu manter os ônibus na garagem e prejudicou o transporte de passageiros no começo da manhã.

As imagens gravadas pelas câmeras do sistema de segurança de uma loja mostram o momento em que os bandidos vão para o ponto de ônibus e esperam. Quando um ônibus bi-articulado pára, eles entram. Armados, os criminosos obrigam os 20 passageiros a descer.

Os passageiros saíram rapidamente, o motorista pulou a janela, mas o cobrador estava mais longe das saídas e quando conseguiu sair teve que passar pelas chamas. Ele foi levado para o hospital com queimadura em 30% do corpo e está internado. Segundo a família, o estado de saúde dele é grave.

Do veículo de 30 metros, com capacidade para 250 passageiros e avaliado em R$ 1 milhão, só sobrou a carcaça. Com medo, a empresa dona do ônibus recolheu os outros veículos que só começaram a sair da garagem depois das sete da manhã.

A Polícia Militar de São Paulo divulgou uma nota dizendo que vai intensificar os programas de patrulhamento ostensivo nas regiões onde aconteceram os ataques para impedir a ação e a presença de vândalos.

Na mesma região, vários ataques diferentes aconteceram. Antes do incêndio, um homem foi morto a tiros. Logo depois, em um intervalo de apenas meia hora, três pessoas foram assassinadas. Outra vítima morreu na zona leste, do outro lado da cidade.

Os outros casos foram registrados na região metropolitana. Em Santana de Parnaíba, duas pessoas foram assassinadas. Em Santo André, cinco moradores de rua foram mortos em dois lugares diferentes. Para a polícia, os crimes foram cometidos pela mesma pessoa, que estava de carro. “Todos são moradores de rua e estavam usando drogas no momento do homicídio”, relata o delegado Roberto Von Haydin Junior.

Durante a manhã, mais três pessoas foram mortas: dois homens que tentaram assaltar uma casa e uma pessoa que foi assassinada em frente a um pronto socorro.

A Justiça de São Paulo criou um gabinete especial para ajudar a combater a violência. A determinação é centralizar na presidência do tribunal as providências mais urgentes de combate ao crime. Os juízes do Gabinete de Crise, que tem função jurisdicional, decidirão sobre prisões, busca e apreensão, interceptação telefônica, medidas cautelares, bloqueio de bens, e também sobre a transferência de presos.