As equipes responsáveis pelas buscas aos destroços do Airbus A330 da Air France desaparecido no domingo não avistaram hoje nenhum material relevante na área delimitada. "Além dos pedaços serem pequenos e da área ser muito grande, alguns desses destroços que estavam flutuando nos primeiros dias podem ter afundado", disse esta noite o diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Ramon Borges Cardoso.
Segundo ele, a partir de amanhã, os militares se dirigirão para outros pontos identificados pelos radares ou com base nas áreas calculadas levando em conta as correntes marítimas, cuja direção e velocidade mudaram um pouco. "O que estamos fazendo agora, já que é possível fazer uma busca com mais calma, é avaliar antes de retirar o material da água se é lixo ou destroço". O brigadeiro afirmou que uma das prioridades é a busca por poltronas, que são flutuantes e servem como meio de sobrevivência em casos de acidente.
O diretor considera ínfima a probabilidade de encontrar sobreviventes. "As chances de encontrar são muito pequenas. É muito difícil que se encontre algum sobrevivente, tendo em vista o acidente e o tempo decorrido depois dele".