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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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PMs suspeitos de matar jovem em abordagem vão para presídio militar

Os seis policiais militares suspeitos de matar um jovem e de atirar em outro na região do Parque Edu Chaves, na Zona Norte de São Paulo, neste domingo...

Os seis policiais militares suspeitos de matar um jovem e de atirar em outro na região do Parque Edu Chaves, na Zona Norte de São Paulo, neste domingo (9), foram levados para o Presídio Militar Romão Gomes. Os PMs afirmam que os rapazes reagiram a uma abordagem policial. Em protesto contra a morte do jovem, dois ônibus foram incendiados na região. Duas pessoas não conseguiram sair de dentro de um deles e morreram queimadas.


De acordo com o coronel Audi Felix, os PMs foram detidos porque testemunhas da abordagem contaram versões diferentes das apresentadas pelos policiais. Eles foram presos em flagrante por suspeita de homicídio e tentativa de homicídio.

Duas equipes participaram da ação. A primeira abordou os dois suspeitos e, segundo Félix, fez os disparos que mataram Maicon Rodrigues de Moraes, de 16 anos. Depois, a outra equipe chegou ao local. Entre os PMs detidos, estão um tentente, um sargento, três soldados e um cabo.

A abordagem dos PMs teria gerado revolta dos moradores, o que pode ter ocasionado o ataque a um ônibus, na região do Parque Edu Chaves. Segundo a PM, um grupo jogou combustível e ateou fogo no veículo, o que causou a morte de dois passageiros, que não conseguiram descer. Pouco antes das 11h deste domingo (9), um segundo coletivo foi incendiado a cerca de 500 metros do local.

Por causa desses dois ataques, sete pessoas também foram presas nesta tarde, informou o Delegado da Seccional Norte, Cosmo Stikovics Filho. Alguns deles ficaram queimados e precisaram ser socorridos a hospitais da região.

Em relação à abordagem que causou a prisão dos seis PMs, o coronel Félix disse que chegaram testemunhas com uma nova versão dos fatos. "Cabe ao delegado entender. E ele entendeu, dentro das convicções dele, que é o caso de fazer autuação em flagrante e delito”, explicou Félix. “Há contradição com o relato dos policiais militares. Eles são firmes em dizer que no momento do confronto não havia ninguém na via pública, mas tudo isso vai ser apurado”, complementou.

Em nota, a Polícia Militar informou que os policiais solicitaram aos dois suspeitos que deixassem o veículo em que estavam. Segundo a PM, eles desceram atirando e houve troca de tiros. Porém, a mãe do outro rapaz baleado que sobreviveu, Walterley Marques da Silva Junior, de 18 anos, afirmou que o rapaz “nunca andou armado”. Segundo ela, ele teve uma passagem por porte de drogas há dois anos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Walterley passou por uma cirurgia para retirar a bala e permanece internado na UTI do Hospital São Luiz Gonzaga, em estado estável, sob escolta policial.

Moradores da região relataram também que houve espancamento de outras pessoas durante a ação. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o irmão do jovem que foi morto está internado no Hospital Vila Maria, com um trauma no maxilar, que seria decorrente de um confronto com um policial.

No entanto, o coronel Félix disse que não há informações sobre essa ocorrência. Além do inquérito policial, a PM também instaurou um inquérito administrativo para apurar os fatos.
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