O estudante Daniel Christian de Mattos, de 13 anos, que teve a perna decepada por uma lancha em um acidente na baía de Vitória, em março deste ano, vai receber uma prótese nesta segunda-feira(15). O equipamento vai funcionar como um membro artificial e permitir que o garoto volte a andar sem a ajuda de muletas.

A prótese foi doada por Ademar Guss, que confecciona o equipamento, logo após o acidente. Durante a adaptação, o menino vai andar na sala de fisioterapia do consultório. O estudante fez exercícios em uma bicicleta ergométrica para fazer os ajustes. "Ele vai colocar a prótese, dar os primeiros passos e fazer até exercícios na esteira. Em breve, depois de mais 22 sessões de treinamento e adaptação, Daniel vai para casa com a prótese em definitivo e estará apto a fazer várias atividades ", afirmou Guss.

O profissional disse ainda que depois do acidente, o estudante passou por várias sessões de fisioterapia para corrigir a postura e receber a prótese da maneira certa. Além disso, foi preciso moldar a parte da perna amputada ao encaixe do equipamento, além de fortalecer a musculatura das duas pernas. Enquanto estiver em fase de crescimento, o encaixe vai ser trocado até que ele receba uma prótese definitiva.

"Como ele tem 13 anos, a tendência é de crescimento até os 17 anos, por isso vamos fazer um acompanhamento mensal para regulagens da prótese. A evolução foi muito boa, nós temos fotografado e filmado tudo. Ele está muito feliz e otimista com o trabalho", disse Guss.

Segundo a tia do menino, Diane Mattos, a prótese será uma "bênção" para Daniel, porque ele conseguirá se locomover com mais facilidade. "Ele está ótimo e muito ansioso para receber a prótese. Por enquanto, a gente está sempre perto dele tentando evitar que não caia e não machuque o coto, porque senão pode trazer problemas. Depois que ele colocar a perna artificial ficará mais independente", disse Diane.

O piloto da lancha que atropelou Daniel chegou a ficar preso durante o inquérito policial, mas responde ao processo em liberdade. O teste de bafômetro comprovou que ele estava alcoolizado na hora do acidente. A Justiça o condenou a pagar uma pensão mensal de R$ 1,3 mil para tratamento médico. A família, no entanto, entrou com recurso para que o valor seja ampliado para R$ 5 mil.