O relatório de cirurgia de Layane Cardozo, jovem que deu entrada na Santa Casa de Mauá grávida de nove meses em 26 de dezembro, indicou que ela teve descolamento de placenta. No entanto, após o procedimento cirúrgico, os médicos disseram que ela não tinha bebê no útero e falaram que se tratava de uma gravidez psicológica.

O documento está assinado pelo médico responsável pela cirurgia. Na descrição, é relatado um descolamento prematuro de placenta e logo na sequência há três pontos de interrogação, o que indicaria que o relatório pode ter sido assinado sem a certeza do médico sobre o diagnóstico.

A policia já anexou ao inquérito os laudos dos exames que foram feitos em Layane no hospital. Segundo advogado da Santa Casa Otávio Tenório Assis, Layane não passou por uma cesariana. Ele explica que ela foi submetida a uma outra cirurgia e que seu útero não chegou a ser cortado.

— É uma cirurgia de pequeno porte. Primeiro eles estavam verificando o cuidado com a criança e como não existia criança não há motivo para abrir o útero.

O exame de corpo de delito no IML vai comprovar se Layane teve ou não o útero cortado.