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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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'Minha filha gritou e o teto desabou', diz desabrigada após chuvas no litoral

Várias famílias se reuniram na manhã deste sábado (2) no Bolsão 9, em Cubatão (SP), para esperar as vans que viriam buscá-las para fazer o cadastramento junto a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), mas nada ficou resolvido.


O problema no local está aumentado, pois os desabrigados invadiram casas que ainda não estão prontas, colocando suas próprias vidas em risco. "Minha filha estava dormindo e, de repente, quando eu estava fora da casa, escutei ela gritando. Quando fui ver o teto tinha desabado. Minha filha gritou e o teto desabou", lembra a estudante Suelen Neves Guimarães.

Casos de dengue já foram registrados nas moradias. No entanto, as famílias afirmam que não pretendem sair. "Nós vamos ficar. A gente não quer tomar nada de ninguém. É só a Prefeitura dar um auxílio aluguel para a gente se virar. Porque a gente não pode continuar do jeito que está aqui? Todo mundo fica esperando eles se decidirem, fazer alguma coisa e até agora nada", disse uma mulher que também invadiu o conjunto habitacional.

Revoltado com a situação, um homem desabafou e pediu respeito com as pessoas que estão desabrigadas e optaram para ir para o Bolsão. "Essa ajuda que o município manda para nós é isso aqui, intimação do juiz. Isso aqui para mim é um papel que não vale nada. Eu estou na rua com o meu filho. Você acha que eu vou para a rua com o meu filho por causa disso aqui, por causa de um papel,? Não vou. Porque se eu sair daqui na força, se me tirarem daqui na força, todo mundo vai para a porta da Prefeitura dormir lá. Eu, minha mulher, meu filho e todo mundo que está aqui. Porque não é justo eles fazerem isso. Não é justo. Nós somos cidadãos e pagamos imposto. Então a gente merece respeito".

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