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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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'Meus pais estão indignados', diz irmão de jovem morta em piscina

Os pais de Camila Costa Lima, que morreu após passar mal durante uma aula de natação e hidroginástica na piscina pública do Centro Esportivo da Zona Noroeste, em Santos, no litoral de São Paulo, estão indignados. Eles não se conformam com o fato de que, até agora, ninguém da prefeitura entrou em contato com a família.


O sentimento é compartilhado por Valmir Costa Lima, irmão da vítima. "Além da dor da perda, o sentimento também é de indignação. Meus pais não aceitam, parece que não aconteceu nada, que está tudo certo. A única resposta que temos da prefeitura é o que foi divulgado na imprensa", lamenta.

Ele diz que os pais estão muito abalados, mas não vão desistir até que tudo seja esclarecido. "Sabemos que ainda não saiu o resultado do laudo, que vai apontar as causas reais da morte da minha irmã, mas é inadmissível que ninguém tenha nos oferecido uma assistência até hoje", desabafa.

O irmão da jovem afirma ainda que a família não vai deixar que o caso se transforme em apenas mais um número nas estatísticas. "Não vamos permitir que a morte da Camila caia no esquecimento", finaliza Valmir.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informa que no dia do acidente dois psicólogos do NAPS 1 (Núcleo de Aposio Psicossocial) da prefeitura fizeram contato com a família de Camila disponibilizando todos os serviços de apoio psicológico. Entretanto, a prefeitura afirma que não houve retorno e que um novo constato será feito nesta terça-feira (5).

O caso
Camila Costa Lima, de 27 anos, morreu no último dia 26 após passar mal durante uma aula de natação e hidroginástica na piscina pública do Centro Esportivo da Zona Noroeste, em Santos, no litoral de São Paulo. Foi a mãe de Camila que recebeu a ligação de funcionários do centro esportivo.
Camila Costa Lima tinha 27 anos. (Foto: Valmir Costa Lima/Arquivo Pessoal)Jovem morreu durante aula de natação.
(Foto: Valmir Costa Lima/Arquivo Pessoal)

Segundo Valmir Costa Lima, irmão da vítima, Camila estava bem, sem apresentar nenhum problema de saúde após as complicações cardíacas que teve há seis anos, quando passou por uma cirurgia.

Para ele, o afogamento poderia ter sido evitado se tivessem prestado atenção na garota. “A professora de natação disse que notou que ela não estava fazendo os movimentos corretos durante a aula e que, quando ela viu, minha irmã estava boiando com a cabeça abaixada dentro da água”, explica.

Segundo Valmir, o Samu foi chamado e demorou cerca de 10 minutos para chegar ao centro esportivo. O irmão garante que a jovem já chegou morta ao pronto-socorro, informação contestada pela prefeitura, que afirma que ela chegou com vida ao hospital. "No atestado de óbito está que ela morreu por asfixia mecânica, ingestão de líquido e afogamento", finaliza.

Outro lado
A Secretaria de Esportes de Santos informou, por meio de nota, que Camila tinha atestado médico emitido em janeiro de 2013, assinado por um médico do Serviço de Cardiologia da Santa Casa de Santos, que lhe permitia a realização da atividade física.

A secretaria esclarece ainda que, devido ao histórico de saúde, Camila foi encaminhada pelo Serviço de Recuperação e Fisioterapia da Secretaria de Saúde, e que a atividade esportiva é realizada com um professor para cada três pessoas, critério adotado para dar maior assistência ao aluno. Quanto ao incidente com a jovem, a Prefeitura afirma que a aluna teve um mal súbito na piscina e foi atendida imediatamente pelo professor que dava a aula e pelo guarda-vidas de plantão.
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