A falta de rabecão em Belo Horizonte e região metropolitana vem revoltando a população. Informações dão conta de que apenas um carro faria o serviço na região. No caso da família de Maria Isidoro da Silva Carvalho, a espera foi de 15 horas.
Maria sofria de problemas cardíacos e morreu em casa, por volta das 3h de domingo. No entanto, o corpo só foi retirado do local no final da tarde, por volta das 18h. Segundo os familiares, a Polícia Civil alegou que havia apenas um carro para realizar o serviço.
Angustiado com a perda da esposa, seu xxxx, que é policial militar reformado se revoltou com a situação.
— Eu me sinto inútil. Servi 30 anos da PM, estou há quase 29 reformado e a consideração com a gente é isso?
Funcionários da Polícia Civil não quiseram gravar entrevista com medo de retaliações, mas confirmaram que atualmente há dois veículos na corporação: um fica em Betim, na Grande BH, e o outro na capital. Em dias agitados, são cerca de 30 corpos para serem retirados.
Eles têm que conviver com o stress e revolta dos familiares. Há corpos que chegam a aguardar mais de 24 horas para serem retirados. O investigador que deu estas informações sem se identificar denuncia ainda a falta de policiais.
— São dois policiais em cada rabecão, mas ultimamente está sendo um em cada.