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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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Em novo cálculo, polícia conclui que boate Kiss estava superlotada

A Polícia Civil concluiu na segunda-feira (11) que aproximadamente mil pessoas estavam no interior da boate Kiss na noite do incêndio que causou a morte de 241 pessoas em Santa Maria, em 27 de janeiro.


O cálculo foi feito com base em depoimentos de sobreviventes e no número de mortos e feridos da tragédia. A capacidade da casa noturna, segundo o Corpo de Bombeiros, era de 691 pessoas. Para os investigadores, esta foi uma das principais causas da tragédia, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV (veja o vídeo).

"Nossa investigação apontou que mais de mil pessoas estavam dentro da boate", confirmou ao G1 o delegado Marcos Vianna, que integra a equipe que investiga o caso.
O incêndio foi na boate Kiss, em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul (Foto: Germano Roratto/Agência RBS)Incêndio na boate Kiss ocorreu em 27 de janeiro
(Foto: Germano Roratto/Agência RBS)

Nesta terça-feira (12), uma das arquitetas que elaborou o projeto de instalação da boate prestará depoimento na 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria. O objetivo é tentar descobrir para onde o documento foi encaminhado depois de ser analisado pela prefeitura, quando foram exigidas diversas alterações na segurança do prédio.

Também falarão novamente à polícia nesta terça-feira o sócio-proprietário da boate Kiss, Mauro Hoffmann, e o produtor da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão. O outro dono da casa noturna, Elissandro Spohr, prestará depoimento na quarta-feira (13).

À pedido do advogado Jader Marques, que faz a defesa de Spohr, o Conselho Superior de Justiça vai avaliar a atuação do Ministério Público durante as investigações da tragédia. A defesa quer saber o motivo pelo qual o MP não interditou a boate no período de obras e não realiuzou nenhum tipo de fiscalização no local depois de reformada.

Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 241 mortos na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas por investigadores:

- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
- Equipamentos de gravação estavam no conserto.
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