Os brasileiros ficaram mais tempo no escuro em 2012. Relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostra que aumentou, pelo segundo ano seguido, o período em que os consumidores brasileiros ficaram sem luz devido a falhas no fornecimento de energia. Foram 18 horas e 39 minutos, em média, ao longo do ano passado – 15 minutos a mais que em 2011.
A alta vai na contramão do que determina a própria Aneel às distribuidoras de energia elétrica. Desde 2000, a agência fixa um limite para a duração média dos “apagões” e, por essa regra, o período sem luz dos brasileiros deveria sempre cair em relação ao ano anterior.
Para 2012, por exemplo, o limite para o DEC, como é chamado o índice de duração das interrupções, era de 15 horas e 52 minutos, quase três horas menos do que o verificado. Essa meta, aliás, vem sendo descumprida pelas distribuidoras desde 2009.
As falhas no fornecimento obrigaram as distribuidoras a pagar, no ano passado, 98,7 milhões de compensações aos consumidores, num total R$ 437,8 milhões – em 2011, esse montante foi de R$ 397,2 milhões.
A Aneel também avalia a frequência com que essas quedas de energia ocorrem e fixa limites anuais. Esse índice, porém, sempre foi cumprido pelas distribuidoras.