A FAB (Força Aérea Brasileira) e a Marinha informaram no início da noite desta quarta-feira que foram recolhidos destroços do avião e bagagens provenientes do voo 447 da Air France, que caiu no Atlântico no último dia 31 com 228 pessoas a bordo. O material está sendo recolhido por um navio da Marinha francesa, que também auxilia nas tarefas de resgate.


Segundo os militares, também foram avistados "despojos" nesta quarta-feira, porém, ainda não há confirmação de que os materiais sejam partes dos corpos de vítimas da tragédia.

Até hoje, foram resgatados 50 corpos. Destes, 49 já estão em Recife (PE) onde deverão ser identificados por peritos do IML (Instituto Médico Legal). Apenas um deles, resgatado ontem, continua a bordo de um navio da Marinha brasileira, que ainda não tem previsão para chegar em Fernando de Noronha.

A Aeronáutica e a Marinha não informaram a quantidade de destroços e bagagens recolhidos hoje. Entretanto, informaram que os materiais foram localizados a aproximadamente 950 km de distância de Fernando de Noronha e a 1.450 km de Recife.

A previsão da Marinha é que a embarcação que transporta os destroços e bagagens chegue ao porto de Recife na próxima sexta-feira (19). O material será entregue a representantes da Comissão de Investigação francesa, responsável pelas investigações sobre as causas do acidente.

Buscas

Os militares reforçaram que ainda não há uma data para o encerramento das buscas por vítimas do acidente aéreo. As condições meteorológicas, apesar de instáveis, são boas e não devem comprometer o trabalho das buscas, informou a FAB.

Aeronáutica e Marinha chegaram a estipular 19 de junho como prazo final das operações, mas Jobim afirmou ao seu colega francês, Hervé Morin, que as buscas prosseguirão "até o momento em que tecnicamente se entender que elas são inúteis", segundo afirmou em entrevista na Embaixada do Brasil em Paris.

Segundo os investigadores franceses que analisam as causas do acidente com o avião que fazia o voo 447 da Air France, as caixas pretas ainda não foram encontradas, embora cerca de 400 peças já tenham sido resgatadas.

Por volta do dia 30 de junho, as caixas-pretas do Airbus deverão parar de emitir um sinal sonoro que ajuda na sua localização. Tanto o governo brasileiro quanto o francês, porém, consideram cada vez mais remotas as chances de localizar os destroços e mais corpos.