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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Lei de premiação de funcionários causa polêmica em Lençóis Paulista

Uma lei municipal que premia funcionários públicos que faltam pouco ao trabalho começa a surtir resultados, ou pelo menos, polêmica em Lençóis Paulista (SP). Em vigor desde o início do ano passado, só agora ela começa a aparecer na prática, ou seja, a beneficiar a assiduidade com folgas e dinheiro. Mas um grupo de servidores não concorda com os critérios estabelecidos para a premiação e tentam mudanças.


Copeira da prefeitura de Lençóis Paulista há 17 anos, Ivanice Giliote foi pega de supresa em 2011 por duas premiações. A aprovação da lei fez com que ela ganhasse 30 dias de folga e R$ 280. O prêmio em dinheiro veio porque, em um ano, ela faltou menos de doze vezes no trabalho e o prêmio em folgas ela conseguiu porque em cinco anos faltou menos de trinta vezes. “Se eu faltar, um colega meu é prejudicado. Devemos sempre pensar sempre nos outros”, diz.

A prefeitura de Lençóis Paulista tem aproximadamente 2 mil funcionários e o setor de recursos humanos estima que as faltas do ano passado, justificadas ou não, geraram um gasto extra de mais de R$ 4 milhões. De acordo com a prefeita Izabel Lorenzetti, a intensão da lei, que garante benefícios a quem não falta, é diminuir esse valor. “Quando um funcionário falta e o serviço tem que ser prestado alguém tem que fazer com ele. A avaliação do desempenho está ligada à eficiência do trabalho público”, alega a prefeita.

No entanto, nem todos aprovam essa iniciativa da prefeitura “Se o servidor se ausentar durante 13 dias consecutivos ele é automaticamente reprovado. Eu como cidadão, me sinto desmotivado”, conta um funcionário que preferiu não se identificar. As faltas justificadas são pagas pela prefeitura, mas o dia não trabalhado entra na conta e o funcionário pode não conseguir o benefício.
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