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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Morre a mulher mais rica do Brasil

Dirce Camargo, considerada a mulher mais rica do Brasil e viúva do fundador da Camargo Corrêa, morreu nesse sábado (20/4) em sua casa, aos 100 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do grupo, neste domingo (21).


Segundo o ranking da revista Forbes, Dirce detinha a quarta maior fortuna do Brasil, com US$ 11,5 bilhões, atrás apenas de Jorge Paulo Lemmann (US$ 17,8 bilhões), da 3G Capital (controladora da InBev), Joseph Safra (US$ 15,9 bilhões), fundador do banco Safra, e Antônio Ermírio de Moraes (US$ 12,7), do Grupo Votorantim. Dirce estava à frente de Eike Batisa (US$ 10,6 bilhões), do império liderado pela petrolífera OGX.

Dirce era a 87ª pessoa mais rica do mundo, segundo a Forbes. Em 2000, a empresária já estava entre as únicas 12 mulheres que constavam da lista de bilionários da publicação.

Já no ranking da agência Bloomberg, Dirce aparecia na última sexta-feira (19) como a segunda pessoa mais rica do Brasil, atrás apenas de Lemann, com uma fortuna de US$ 13,8 bilhões. O montante lhe garantia a 62ª posição mundial.

Conglomerado

Dirce herdou a Camargo Corrêa em 1994, com a morte do fundador, Sebastião Camargo. O conglomerado detém hoje a terceira maior construtora do Brasil, 17% da CCR (rodovias), 24,4% da CPFL (eletricidade), 94% da Cimpor (cimentos) e a totalidade da Alpargatas – fabricante das sandálias Havaianas.

De acordo com a Bloomberg, o faturamento do grupo foi de US$ 8,6 bilhões em 2011, dos quais 30% foram garantidos pela construtora Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI). Em 2012, a família fechou o capital da empresa.

Com a morte de Dirce, as ações da Morro Vermelho, a holding do grupo, passam definitivamente para o controle das filhas do casal Camargo – Regina, Renata e Rosana. Os títulos já estavam distribuídos igualitariamente entre as três, de acordo com a Bloomberg, mas Dirce mantinha algumas ações com direito de usufruto até sua morte.

Renata e Regina são representadas na empresa por seus maridos, Luiz Roberto Ortiz Nascimento e Carlos Pires Oliveira Dias, que fazem parte do conselho de administração. O marido de Rosana, Fernando Arruda Botelho, morreu em um acidente aéreo em 2012.

Fundada em 1939, a Camargo Corrêa participou de inúmeras obras de grande porte no Brasil, como a Ponte Rio Niterói, a Rodovia Transamazônica e a construção de Brasília. Atualmente, tem 58,4 mil funcionários. Atualmente, participa da construção das usinas de Belo Monte e Jirau.
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