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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Porto Velho registra 836 denúncias de violência contra criança em 8 meses

Dados do Centro de Infância e Adolescência de Porto Velho mostram que 836 denúncias de violência contra criança e adolescente foram registradas entre o período de julho de 2012 a março deste ano na capital. Entre os casos denunciados o de negligência está em primeiro lugar e as maiores vítimas são as do sexo feminino. Uma rede de proteção para este público envolvendo diversos órgãos foi criada para conter que os índices alarmantes. Uma pesquisa apontou que as condições sociais precárias da família e a estrutura defasada da sociedade contribuem para o número de queixas de violência.


A assistente social Denise Campos explica que a partir destes dados é imprescindível que a sociedade denuncie qualquer tipo de violência contra crianças e adolescente, mesmo que seja suspeita de abuso sexual com familiar envolvido. “Os professores e os estabelecimentos de ensino ao identificar alguma situação similar têm por obrigação comunicar imediatamente ao Conselho Tutelar e autoridade policial”, conta.

De acordo com juiz do 2° juizado da Infância e Juventude, Dalmo Bezerra, até mesmo uma pessoa que denuncia pelo telefone, através do disque 100, também participa da rede de proteção, já que a sociedade tem uma grande importância neste tipo de denúncia.

“O Conselho Tutelar, Ministério Público e Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente têm a função de receptor das denúncias e realizam a apuração dos fatos relatados. A partir disto, acionamos as redes que têm a função de analisar o estado de saúde da vítima para que possam medicar ou dar uma orientação adequada”, explica o juiz.

Uma pesquisa foi realizada na capital e nos distritos de Abunã, Jacy-Paraná e Mutum Paraná e revelou que as condições sociais da família, infraestrutura e políticas públicas são um dos fatores que favorece para violência contra criança e adolescentes.

“É necessário oferecer ao jovem alternativa de lazer e é o que falta muito. Então por ausência de equipamento que atenda esse adolescente agrava mais ainda o problema de violência sexual”, explica a pesquisadora Berenice Tourinho.

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