O padre mineiro Fábio de Mello, de 38 anos, leva uma vida de pop estar: tem um milhão de discos vendidos, é sucesso nas livrarias e tem pinta de galã. O católico faz cerca de 20 shows por mês.

O "Fantástico" passou um dia com o religioso. "Minha rotina não é muito simples, né. Eu tenho um programa de televisão", conta.

Para ele, seu trabalho lhe permite levar a palavra de deus ao público. "Tudo na minha vida hoje tende a ser muito grande. O grande desafio é não esquecer quem eu sou. E não esquecer que eu sou padre, e que eu fiquei famoso porque eu sou padre. Meu trabalho é evangelizar pela comunicação."

O padre faz exercícios todo dia e não nega sua vaidade. "Eu não acho que é pecado a gente estar bem com a gente mesmo", diz ele, que, para manter a aparência, conta estar há anos sem comer batata frita.

Fábio diz receber muitas propostas de casamento. "Por e-mail, chega muito, muito mesmo".

Apesar da "carreira artística", Fábio de Mello também se dedica aos estudos: "Fiz pós-graduação depois de padre, fiz mestrado, sou professor de teologia", revela.

Infância

Segundo o irmão do padre Camilo de Lelis, ele gostava de tocar violão quando mais novo. A família mora em Formiga (MG), onde Fábio de Mello morou até os 16 anos.

"Ele gostava muito de estar tocando, aprendendo os acordes, e tudo", diz Camilo.
A ex-professora Rosângela Castro relembra os primeiros dias de aula de Fábio.

"Toda a vida foi uma criança muito quieta, muito comportada. Ele tinha uma letrinha bem feinha. Ótimo aluno, só não gostava muito da matemática. Nos primeiros dias de aula, ele fazia xixi na calça pra ir embora pra casa, pra ficar perto da mamãe, que ele gostava demais, tinha muito carinho, ficava com saudade da mãe", conta.