O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), começa na próxima segunda-feira sua proposta de viajar pelo país para defender a realização de prévias no PSDB para escolher o candidato a presidente nas eleições de 2010. O destino escolhido foi Recife (PE).
Oficialmente, Aécio vai participar do lançamento do livro "Daquilo que eu sei - Tancredo e a transição democrática", do ex-deputado Fernando Lyra. Mas já estão agendadas reuniões com as bancadas de deputados federais e estaduais do PSDB de Pernambuco, além de prefeitos e vereadores do Estado.
O governador também participa da cerimônia de posse da diretoria regional do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco. Depois vai jantar com o governador Eduardo Campos (PSB).
A agenda de Aécio foi confirmada nesta quinta-feira, um dia depois de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticar sua proposta de viajar para discutir as prévias. Aécio incluiu FHC no convite que fez ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), para embarcarem nessa viagem. FHC disse seria precipitado discutir o assunto agora, pois eles são governadores e têm que trabalhar.
Aécio reagiu e disse que "não se constrói um projeto para o país de alguns gabinetes ou da avenida Paulista". "Se constrói caminhando pelo país", afirmou ontem.
Serra também disse ontem que prefere governar a fazer campanha eleitoral. Segundo o governador, não dá tempo para fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
PPS
Aécio se reuniu hoje com o sete deputados federais do PPS de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O líder da bancada, deputado Fernando Coruja (SC), disse que o tema eleições 2010 foi um dos assuntos tratados no encontro mas nada foi definido. "Queremos participar da discussão de uma proposta para o país", afirmou.
Coruja disse que o PPS vai participar das discussões com o PSDB sobre as eleições 2010 e que ainda vai se reunir com José Serra. Porém, segundo ele, não vai interferir na escolha do candidato do partido, uma vez que Serra e Aécio disputam a indicação.
"Nós devemos apoiar o candidato que for escolhido [pelo partido]. Não vamos interferir na escolha", afirmou.
