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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Brasil

'Apesar de bonito hino não reflete a nossa realidade', diz aracajuana

A estudante de direito, Fernanda Veronica Silva Souza demorou dois dias para confeccionar uma faixa grande e com um conteúdo considerado muito especial para protestar em Aracaju. Segundo ela, a ideia principal foi reunir todas as datas importantes para o Brasil. “Eu queria destacar datas que revolucionaram o Brasil, como o período da ditadura, crises, a luta dos professores por um salário melhor. A PEC 37 e o que existe por traz dos eventos esportivos”.


Fernanda escreveu ainda a letra do hino nacional e afirmou que 'apesar de muito bonito ele não reflete a verdade', desabafou.

Fernanda e os colegas estão entre os mais de 10 mil manifestantes que voltaram às ruas de Aracaju nesta terça-feira (25) para protestar contra a tarifa e qualidade do transporte público da capital, primeira reivindicação do movimento que foi iniciado há duas semanas em São Paulo e ganhou às ruas de todo o país. Os motivos se ampliaram e os sergipanos confeccionaram cartazes e estão reivindicando os custos da Copa do Mundo, problemas no serviço público, corrupção, educação, cidadania e rejeição à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o poder de investigação do Ministério Público e atribui às polícias a exclusividade das apurações criminais.

A concentração foi realizada na Praça Fausto Cardoso, nas imediações da Assembleia Legislativa de Sergipe. Por volta das 16h, as ruas do Centro da capital já aglomeravam dezenas de pessoas, desde crianças até idosos. Em seguida saíram em passeata pela Avenida Beira Mar, Avenida Ivo do Prado, Avenida Barão de Maruim e foram até a Praça da Bandeira.

O primeiro ato em Aracaju ocorreu na quinta-feira (20) de forma pacífica e reuniu cerca de 20 mil pessoas. “Nosso objetivo foi atingido. Lutamos pelos nossos direitos de forma digna, sem desrespeitar as autoridades nem o próximo, lutamos por um país melhor. Participamos de um momento histórico em Sergipe e estamos felizes porque nossa mensagem foi bem entendida e todos saíram de casa com o mesmo proposito”, orgulha-se Demétrio Varjão, integrantes do Movimento Não Pago.

Para o segundo protesto, Demétrio disse que o grupo está seguindo junto pelas ruas e não será dividido como na semana passada. “Entendemos que o ato será mais forte com todos juntos nas ruas e não queremos a presença de bandeiras de partidos políticos nesta terça”, explica.

De acordo com a Polícia Militar, mais de 10 mil pessoas estão nas ruas e até o momento nenhuma ocorrência foi registrada. “O grupo está crescendo nas ruas. Na concentração havia 5mil pessoas e quando a passeata seguiu muita gente aderiu e o número dobrou. A tendência é que aumente quando o expediente terminar. Todos estão protestando de forma muito bonita, sem violência”, garante Major Paiva.

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