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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Após dois dias acampados, produtores deixam sede do Incra

Os produtores rurais que estavam acampados na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Rio Branco, desde a última quarta-feira (26), conseguiram chegar a um acordo com a superintêndencia do órgão sobre a ocupação de uma área de terra no Seringal Capatará, no interior do estado. Na tarde desta sexta-feira (28) eles aprovaram um acordo proposto pelo Incra e deixaram a sede do órgão.


De acordo com o superintendente do Incra no Acre, Idésio Luís Frank, em uma reunião com os produtores rurais e os representantes de organizações trabalhistas ficou definido que o órgão irá notificar os proprietários da área de terra reclamada pelos produtores rurais para solicitar a devolução de parte de 30,72% da propriedade que o órgão entende que pertence à União. Ele não explicou quantos hectares de terra essa porcentagem corresponde porque os técnicos da instituição ainda estão fazendo levantamento cartográfico da área.

Frank explicou ainda que caso a devolução não seja cumprida, o Incra irá ingressar com uma ação na Justiça.

Segundo o presidente da Associação de Moradores do Seringal Capatará, José Apolônio, os moradores irão agora retornar para as áreas que ocupam e esperar os resultados da ação do Incra. "Conseguimos chegar a um acordo, não conseguimos 100% do objetivo que queríamos mas demos o primeiro passo. Até o dia 8 de julho eles devem entrar com uma intimação à todos os proprietários com prazo de 15 dias, e se eles não comparecerem o Incra vai entrar com uma ação discriminatória para acabar com o conflito", explica.

Seringal Capatará

O Seringal Capatará fica localizado entre os municípios de Capixaba e Senador Guiomard, no interior do Acre. Mais de 200 famílias estão vivendo na área e disputam a posse com os proprietários da terra. Porém, segundo o superintendente do Incra, apenas 15 dessas famílias teriam direito à posse da parte da área por viverem lá há pelo menos oito anos.

"Dessas 230 famílias cerca de 15 são ocupantes originárias, seringueiros que lá existiam há muito tempo, entre oito e 50 anos. Os outros entraram faz pouco tempo, cerca de quatro anos", salienta.

Segundo os moradores o conflito pela posse do Capatará já dura 20 anos e alguns posseiros já chegaram a ser assassinados por conta do impasse.
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