Olhar Direto

Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Após parto no banheiro de hospital de Goiás, mãe e filho passam bem

Foto: Reprodução/ TV Anhanguera

Após parto no banheiro de hospital de Goiás, mãe e filho passam bem
Passam bem a mãe e o bebê que nasceu no banheiro da Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. O parto aconteceu na madrugada de terça-feira (2), depois que a grávida, de 37 anos, foi urinar e acabou dando à luz. Apesar das condições, o 11º filho da mulher nasceu saudável, com 3 kg e 51 cm.


O centro cirúrgico do hospital municipal onde o bebê nasceu não funciona há mais de dois anos, desde que foi interditado pela Vigilância Sanitária. No local, somente casos de emergência e alguns serviços básicos como consultas e exames pré-natal são agendados. Uma reforma está prevista para o segundo semestre deste ano, mas ainda não há uma data definida para a entrega da obra.

O coordenador médico de Aparecida de Goiânia, Francisco Porto, reconhece que situação é problemática. Segundo ele, gestantes que vão a maternidade em trabalho de parto são encaminhadas para unidades particulares que mantém convênio com o município.

“O sistema funciona através da Central de Regulação, para onde o paciente é direcionado. Lá, ele aguarda o surgimento dessa vaga, porque tem o trâmite legal para ver se tem o leito disponível, o centro cirúrgico o profissional para estar recebendo”, explica.

Porém, na maioria das vezes, a espera para dar à luz não pode esperar muito tempo. Tanto que enquanto estava na maternidade, a equipe da TV Anhanguera flagrou uma gestante tendo que sair às pressas em busca de atendimento em outro hospital porque o centro cirúrgico não funcionava.

Parto
Segundo a administração da Maternidade Marlene Teixeira, a mulher deu entrada no hospital às 0h15 e foi atendida por uma médica. Ao ser constatado que ela estava em trabalho de parto e na ausência do centro cirúrgico, foi requisitada a transferência para outra unidade de saúde.

Depois de ser avaliada três vezes enquanto aguardava para ser transferida, por volt das 3 horas, ela foi ao banheiro. “Ao urinar, simultaneamente deu à luz”, afirma Francisco Porto.

Após dar à luz, a mãe chamou as enfermeiras e um médico. Segundo o coordenador, por ser a 11ª gravidez, o trabalho de parto é mais veloz.

Falta de atendimento
Em fevereiro do ano passado, quando o centro cirúgico já estava interditado, uma mulher perdeu o filho por falta de atendimento. A criança morreu no útero da mãe. De acordo com a gestante, ela teve de esperar por atendimento médico mesmo em trabalho de parto.

Segundo a família, a mãe da criança, que fez pré-natal na unidade, sentiu contrações por duas semanas. No entanto, nenhum médico chegou a indicar que o parto fosse feito.

No último dia 11 de junho, uma mulher de 34 anos deu à luz na recepção da Maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia, enquanto aguardava atendimento médico. Ao nascer, a criança caiu no chão. O acompanhante de uma paciente, que também estava grávida, gravou o momento do parto. Para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, não houve erro médico no atendimento e sim "uma falha administrativa", que resultou na troca da diretoria da unidade.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet