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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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RJ: Paes admite que transporte não dará conta durante a JMJ

Com uma previsão de até 3 milhões de pessoas na praia de Copacabana neste final de semana, o encerramento da Jornada Mundial da Juventude será a maior concentração de pessoas da história do Rio de Janeiro, segundo o prefeito da cidade, Eduardo Paes. Neste sábado, ele reconheceu que será impossível atender a esse contingente com transporte público eficiente e pediu paciência aos peregrinos e moradores da capital fluminense.


“Não será simples a saída das pessoas de Copacabana. Não há estrutura de mobilidade que possa dar conta disso e pedimos paciência. A constatação é que teremos muito mais gente em Copacabana do que imaginávamos. Então, queremos pedir muita tranquilidade, compreensão e paciência”, afirmou Paes.

No dia 23 de julho, última terça-feira, o Metrô falhou e dificultou a chegada de milhares de pessoas à zona sul para a missa de abertura da Jornada Mundial. No final da mesma missa, que reuniu 500 mil pessoas, bem menos do que o esperado para agora, o sistema de transporte público do Rio apresentou diversos problemas, como demora excessiva, falta de informações e dificuldade de deslocamento para os bairros mais afastados da cidade.

Para o prefeito, porém, a organização da Jornada é um sucesso. “Todos os serviços públicos estão de plantão, trabalhando 24 horas por dias, e não tenho dúvidas do sucesso que estamos tendo na cidade”.

“Ninguém vai segurar manifestações”
​Paes falou ainda que a prefeitura do Rio de Janeiro está preparada para um eventual protesto em Copacabana e rechaçou que nenhuma manifestação será proibida. Na noite de ontem, cerca de 300 pessoas protestaram contra o governador do Estado, Sérgio Cabral, e os gastos públicos no megaevento católico. Em meio à encenação da Via Sacra, os manifestantes provocaram corre-corre de peregrinos que deixavam Copacabana após a fala do Papa Francisco.

“Manifestações são algo absolutamente normais num país democrático. Então, ninguém quer segurar isso. A grande manifestação, para mim, é de peregrinos, cristãos ou nãos, que estão muito impactados com essa invasão do bem”, colocou o prefeito.

Ele informou ainda que o acampamento nas areias de Copacabana está “totalmente liberado” e salientou que a proibição de barracas foi estabelecida pelo Comitê Organizador Local (COL) e pela Igreja Católica, seguindo as regras que valeriam para o Campus Fidei em Guaratiba, na zona oeste, cancelado por causa da chuva.

“Não há proibição de fazer vigília e acampar na praia, está totalmente liberado. O que existe são as regras do COL e da Igreja, que são as mesmas que valeriam para Guaratiba. Se lotar a areia, pode ir para o calçadão. Nós, cariocas, teremos que entender que isso é motivo de alegria”, afirmou Paes.

Até o momento, a prefeitura retirou 47 toneladas de lixo das praias, bem menos do que as 300 recolhidas no último Réveillon de Copacabana. “É incrível a maneira como os peregrinos têm se comportado. Isso mostra a civilidade e cidadania dessas pessoas”, completou o prefeito.

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