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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Angolanos dizem que erro na JMJ deixou grupo sem kit para vigília

Um grupo de 48 peregrinos de Angola aponta que uma falha de voluntários da Jornada Mundial da Juventude os impossibilitou neste sábado (27) de retirar os kits para a vigília. As caixas têm alimentos para os fiéis que vão passar a noite em oração. Segundo eles, o erro impossibilita os angolanos de participar do evento na praia, que contará com a participação do Papa Francisco, por estarem sem dinheiro suficiente para comprar comida no comércio local.


A organização da Jornada Mundial da Juventude informou que tem se esforçado para tentar resolver o problema desses e de outros peregrinos que tenham tido algum contratempo neste fim de semana. Segundo eles, os kits já foram liberados, mas a dificuldade agora é encontrar os peregrinos.

De acordo com Antonio Dias, 36 anos, líder do grupo que veio de Luanda e Namib, os angolanos estavam hospedados no Colégio Anita Garibaldi, na Ilha do Governador. Cada um portava um crachá de identificação da JMJ que tinha um local próprio para receber marcações referentes à distribuição de alimentos ocorridas ao longo da última semana.

Todo dia, ao tomar café da manhã, um furo era feito no rodapé deste crachá. No entanto, segundo Dias, neste sábado os voluntários do colégio fizeram dois furos sendo que um deles só poderia ter sido realizado quando os angolanos buscassem o kit da vigília no Aterro do Flamengo.

O ‘kit da vigília’ é uma caixa com alimentos para os fiéis passarem a madrugada em Copacabana e acompanhar a missa do Papa Francisco na manhã deste domingo (28). Ele é formado por pacotes de batata frita, chocolates, saladas de atum, sucos e achocolatado.

Para retirá-lo, o peregrino precisa entrar tendas montadas no Aterro do Flamengo e mostrar a credencial de inscrição na JMJ. Também é possível retirar kits de grupos maiores. A distribuição teve demora e filas que alcançaram até 3 km, com tempo de espera que ultrapassava quatro horas, de acordo com os peregrinos ouvidos pelo G1.

Má notícia

Segundo Dias, ao chegarem no aterro eles receberam a notícia de que não poderiam retirar os kits com alimentos e ainda foram maltratados por voluntários que integravam a equipe responsável pela distribuição.
“Eles nos disseram que não podiam fazer nada e viraram as costas. Esse tipo de tratamento não é correto. Nós pagamos caro para vir ao Brasil e para receber esses kits”, disse o angolano, que não quis revelar o valor, mas informou que o pacote pago por eles incluía a passagem aérea, hospedagem e todos os materiais aos quais os peregrinos inscritos tinham direito.

“Na outra jornada [de Madri, na Espanha], os kits eram entregues nos locais onde os peregrinos estavam hospedados. Não necessitava esse tipo de fila. Aqui no Brasil está tudo um transtorno. Nós vamos participar apenas de parte da vigília. Não vamos participar dela toda, porque estamos ficando sem dinheiro”, explicou Dias ao G1.
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