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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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“Houve uma desconexão”, diz ministro da Justiça sobre erro no roteiro de chegada do papa

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu, nesta segunda-feira (29), que o erro no trajeto de chegada do papa Francisco, que ficou com o carro preso em um engarrafamento no centro da cidade do Rio de Janeiro, pegou o governo de surpresa.


De acordo com o ministro, aquele foi o “único momento de deslize” gerado por uma “falha de conexão”. Cardozo explicou que os roteiros do evento envolviam várias alternativas que eram reavaliadas diariamente.

Segundo ele, no dia da chegada do papa, o trajeto foi alterado, mas a pessoa que estava no centro de controle da prefeitura não repassou a informação para o centro de controle de trânsito e, por isso, a via por onde a comitiva seguiu não havia sido liberada.

— Aqueles ônibus [que geraram o engarrafamento] não poderiam estar lá, aquilo nos surpreendeu. Mas a avaliação do pessoal que estava em solo naquele momento foi que os membros da comitiva ficaram serenos. Houve um problema, mas não houve risco para ninguém.

As declarações foram dadas durante uma entrevista coletiva no Ministério da Justiça, em Brasília, para divulgação do balanço da operação de segurança da JMJ (Jornada Mundial da Juventude).

Segundo ministro da Justiça, no mesmo dia, a pessoa responsável pela falha de comunicação foi substituída e uma reunião com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e com a Secretaria de Transporte da cidade foi realizada para evitar novos erros.

Bomba em Aparecida

Outro incidente registrado durante a visita do papa Francisco foi a bomba caseira encontrada em um banheiro da Basílica de Aparecida, no interior de São Paulo, antes da visita do pontífice.

Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, que também participou da coletiva, outras suspeitas foram levantadas durante a JMJ e, em um dos casos, a “força contra o terror” das Forças Armadas foram acionadas, mas não se tratava de nenhum ataque.

— Houve suspeita de pacotes, bolsa vazia [...], mas se identificou que não havia nada. Além disso, houve varreduras constantes de todos os locais.

Transferência para Copacabana

Os ministros também avaliaram como positiva a operação de transferir a vigília e a missa oficial de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, para a praia de Copacabana, na zona sul.

O local oficial do evento ficou prejudicado, como muita lama, devido às chuvas que caíram na cidade durante toda semana. Apesar de a decisão ter sido tomada dois dias antes da vigília, o ministro da Defesa avalia que tudo ocorreu dentro do planejado.

— Não me parece óbvio que em qualquer lugar do mundo se conseguisse, em 48 horas, fazer essa adaptação. Não fossem as fardas que se viram com certa nitidez na Avenida de Copacabana, era quase como se tudo estive sido planejado. [...] O Brasil fez, e fez muito bem, um evento único.

Números

Segundo o Ministério da Justiça, não foi registrada nenhuma morte na cidade do Rio de Janeiro durante a semana da JMJ. Nas estradas federais, também não foi registrado nenhum acidente durante a chegada dos peregrinos para participar da jornada.

Ao fim dos eventos, durante a volta dos peregrinos, foram registrados quatro acidentes, sendo um deles com morte. No entanto, segundo o governo, a que faleceu não era peregrino da JMJ.

Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a experiência foi de sucesso e mostra que o Brasil está preparado para realizar grandes eventos.

— Falhas por vezes acontecem, mas o esforço de segurança que foi feito foi, para todos que acompanharam e que são especialistas na área, podem afirmar que o Brasil está preparado para fazer a segurança de grandes eventos.

O Ministério da Justiça mobilizou mais de 6.000 homens para garantir a segurança dos peregrinos e do papa durante a JMJ. Entre eles, 2.553 policiais federais, 2.050 policiais rodoviários federais e 1.405 homens da Força Nacional trabalharam durante a semana da jornada, além das forças de segurança do Estado e da cidade do Rio de Janeiro.

Além disso, foram utilizados 685 viaturas, cinco helicópteros, um par de lanchas, botes flexíveis e Jet-skis da Polícia Federal. Da PRF (Polícia Rodoviária Federal), foram mobilizadas 400 viaturas, 300 motos e três helicópteros. Das Forças Armadas, foram mobilizados 13.723 militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
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