A greve convocada em 63 aeroportos do País para esta quarta-feira (31) teve baixa adesão e não está afetando a situação dos voos, de acordo com a Infraero. Apenas em seis terminais (Rio de Janeiro - Galeão, São Paulo - Congonhas, Vitória, Recife, Fortaleza e Salvador) um volume significativo de funcionários cruzou os braços, o que significa 9,5% do total, afirma a empresa.

Dados disponíveis no site da Infraero, atualizados às 11h, indicavam que, dos 959 voos nacionais programados, 5,3% (51 voos) haviam sido cancelados e 13,2% (127 voos) estavam atrasados. Os índices estão abaixo da média diária registrada no ano passado, que foi de 15%.

A Infraero informou, ainda, que a porcentagem de atrasos de hoje foi puxada pelo fechamento do aeroporto de Porto Alegre (RS), que não operou durante parte da manhã por causa do excesso de neblina. Às 11h, 68,3% dos voos do aeroporto gaúcho estavam atrasados e 36,5% haviam sido cancelados.

A greve foi aprovada no dia 18 de julho pelo Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), que reivindica, entre outros pontos, aumento salarial real de 9,5% e melhorias em benefícios como o auxílio-creche. No início da manhã, o diretor da entidade, Samuel Santos, disse ao R7 estar satisfeito com a adesão dos aeroportuários.

Para ele, a Infraero tem interesse em dizer que a greve não está causando impacto no tráfego aéreo porque é responsável pelo movimento.

— A adesão está quase unânime. Estamos recebendo notícias de que aeroportos de todo o País estão aderindo [...]. A Infraero é responsável pela greve porque deu 23% de aumento para a diretoria e só 6% para os trabalhadores. Ela está pagando para ver e nós vamos mostrar a eles.

A empresa alega que o plano de contingência que colocou em prática está evitando os transtornos. O plano inclui o remanejamento de empregados para reforçar as equipes nos horários de maior movimento de passageiros e aeronaves.