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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Adolescente nega doação e afirma que recusou aborto pedido pela mãe

A mãe do bebê Gabriel, que foi roubado por uma desconhecida na última terça-feira (20) dentro de um shopping em Santa Bárbara d'Oeste (SP), disse que nunca pensou em entregar o filho para adoção, conforme acusou o advogado do trio de ciganas suspeito de pegar o garoto. "Eu jamais o entregaria", afirmou. Ela conta ainda que se recusou a abortar, proposta que foi feita pela própria mãe. A família deu entrevista nesta sexta-feira (23).


A jovem de 15 anos declarou que teve problemas com a mãe, que está está presa, quando disse que estava grávida. "Minha mãe queria que eu abortasse, mas desde que eu fiquei grávida decidi que teria meu filho e iria cuidar dele", afirmou a jovem. Duas das três mulheres presas já são procuradas pela polícia do Paraná por outro sequestro semelhante, segundo apurou a EPTV. O trio foi levado para o presídio de Leme (SP).

Na terça-feira (20), o recém-nascido foi roubado da mãe adolescente dentro do Tivoli Shopping em Santa Bárbara d'Oeste. A suspeita, que usava peruca preta, dopou a jovem e fugiu com a criança. Após a denúncia de dois taxistas que prestaram serviço à ladra, a polícia conseguiu localizar o bebê em uma casa de tarô. Gabriel ficou 45 horas desaparecido até ser encontrado nesta quinta-feira (22).

De acordo com a adolescente, os amigos da escola chegaram a perguntar se ela iria dar o bebê para adoção. "Eu amo meu filho desde quando ele estava na minha barriga", disse. Ela informou ainda que a mulher que roubou a criança nunca sugeriu que ela entregasse o filho. A adolescente contou também que amadureceu muito nos últimos dias.
O pai de Gabriel, namorado de 18 anos da jovem, disse que nunca perdeu a esperança enquanto o menino estava desaparecido. "A maior emoção foi pegá-lo no colo de novo", disse.
De volta pra casa

A avó do recém-nascido afirmou que a criança estava agitada e chorou muito durante a madrugada desta sexta-feira. A mulher pede que a suspeita do crime "pague pelo que fez". "Temos que denúnciar, não podemos ficar calados com essas situações."
Entenda o caso Gabriel

Segundo familiares da adolescente, a mulher se tornou "amiga" da mãe durante a gestação e dizia que fazia parte de uma organização não governamental (ONG) de apoio a jovens grávidas. Na terça-feira, a suspeita disse à mãe do bebê que tinha conseguido uma consulta médica para a criança em Americana (SP), mas a avó, de 34 anos, desconfiou e foi junto.

Bebê de 22 dias é roubado dentro de shopping de Santa Bárbara d'Oeste
Quando chegaram a Americana, porém, a suspeita disse que a consulta foi desmarcada, mas que pagaria um lanche para a adolescente. A avó, ainda segundo um familiar, disse que deu a ideia de que todos fossem ao shopping, em Santa Bárbara, onde trabalha. “Minha esposa tinha que trabalhar e sugeriu que elas fossem ao local, pois 'ficaria de olho’ nelas”, disse o marido da avó da adolescente ao G1 na quarta-feira (21).

Também de acordo com a família da adolescente, a mulher sempre usava uma peruca escura longa e lentes de contato verdes. Para a avó da garota, a suspeita afirmou que fazia tratamento contra um câncer e, por isso, usava o cabelo postiço.
A Polícia Civil encontrou o bebê em uma casa de tarô na cidade após a denúncia de dois taxistas. A delegada do caso, Olivia dos Santos Fonseca ainda apura os motivos do crime. Três mulheres foram presas acusadas de sequestro e cárcere privado. Olivia contou ainda que encontrou a peruca preta, usada pela suspeita na hora de levar o garoto do shopping, dentro da casa de tarô.
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