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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Chefe de uberlandense morta na Itália é preso por suspeita do crime

A polícia italiana prendeu, nesta terça-feira (3), o empresário e dono da empresa onde a uberlandense Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, trabalhava. Ele é o principal suspeito de matar a jovem, cujo corpo foi encontrado no escritório da companhia, em Gambara, na última sexta-feira. A brasileira estava grávida de quase cinco meses e apresentava ferimentos na nuca e no rosto. A informação sobre a prisão do suspeito foi confirmada ao G1 pelo tio da vítima e também promotor de Uberlândia, Fernando Martins, que está no país com o pai da jovem acompanhando o caso.


A Agência Italiana de Notícias (Ansa) divulgou que o suspeito foi interrogado durante a madrugada e que está sendo investigado por homicídio, tentativa de ocultação de cadáver e aborto. O procurador de Brescia, Fabio Salamone, disse à agência que o suspeito teria matado a brasileira porque seria o pai da criança que ela estava esperando. "Ele quis eliminar o problema para salvar seu próprio casamento", disse o procurador.

Salamone informou ainda à Ansa que Marilia foi estrangulada, mas pode ter morrido por respirar gás, visto que, no local onde ela foi encontrada, havia um forte cheiro da substância. Ontem, a autópsia no corpo da jovem comprovou que ela foi vítima de homicídio.

Uma amiga da família, que está acompanhando o caso e prefere não ser identificada, contou à reportagem que está revoltada e indignada com a situação. “Se o chefe dela for mesmo culpado, nem sei o que pensar. Ele teria a enganado, pois ela era linda. Deve ter se encantado e depois percebido que sendo casado não poderia ir em frente com o namoro. Então quis resolver a situação dessa maneira terrível”, disse.

A amiga ainda ressaltou a importância da mãe da jovem ir ao país e lutar por justiça. Para o G1, a mãe da moça, Natalia Maria da Silva, contou que nenhum órgão responsável pelo caso havia entrado em contato com ela e que soube da morte da filha por meio de um ex-namorado da moça, que ligou no domingo (1º). “Estou muito mal. Convivemos juntas a vida toda e a dor que sinto é indescritível. Fui pega de surpresa com essa notícia e uma passagem para a Itália atualmente está em torno de R$ 8 mil. Não sei como vou fazer para ir, mas eu tenho que buscar minha filha de qualquer jeito. Quero muito isso”, frisou.

Governador de Minas diz que se empenhará
A história da uberlandense ganhou destaque na mídia tanto nacional como internacional. O Governo de Minas, por meio da assessoria de imprensa, informou que está acompanhando o caso e fazendo a interlocução entre o Itamaraty e a família. Por meio de nota, o governador Antonio Anastasia disse que ficou muito sensibilizado com a morte da jovem e que se empenhará junto às autoridades italianas para uma rápida conclusão das investigações sobre a morte de Marília Rodrigues. O governador ainda designou a chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Governo do Estado, Chyara Sales Pereira, para coordenar a atuação do governo do Estado no caso.

Relembre o caso
A uberlandense Marília Rodrigues Silva Martins foi encontrada morta, no escritório onde trabalhava, na última sexta-feira (30) na cidade de Gambara, em Bréscia, na Itália. Ela apresentava ferimentos no corpo e no local onde foi encontrada havia um forte cheiro de gás.

Marília Rodrigues Silva Martins nasceu em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, mas em seguida a família se mudou para Uberlândia, onde morou por 15 anos. Depois ela se mudou para a Itália. A brasileira era formada em Turismo e passou a maior parte da vida trabalhando como aeromoça. Em janeiro deste ano ela trocou de emprego e atualmente trabalhava na Alpi Aviation do Brasil, uma empresa que atua na área de compra e venda de aeronaves e helicópteros.
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