A Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira o homem suspeito de matar uma mulher de 44 anos e abandonar o corpo da vítima no estacionamento de um supermercado em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, a 300 quilômetros de Porto Alegre. Luiz Cláudio Alves de Moraes, 46 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após confessar ter assassinado a amiga Neiva da Silva Moralles.

Luiz Cláudio havia prestado depoimento na Delegacia da Mulher de Santa Maria na noite de quarta-feira, na condição de suspeito, e acabou confessando o crime, acompanhado de seu advogado. Na mesma noite, o delegado plantonista da Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), Laurence Teixeira, pediu a prisão preventiva do suspeito, que foi aceito pela Justiça na manhã desta quinta-feira.

Segundo a delegada Débora Dias, titular da Delegacia da Mulher, Luiz Cláudio afirmou que era amigo da vítima há 20 anos. O crime teria sido cometido no bar mantido pelo suspeito, onde Neiva bebia e teria dado início a uma discussão entre os dois. "Ele alegou que discutiram e ela tentou agredi-lo, mas ele não tem nenhuma lesão aparente. Ele deu uma gravata (na vítima), depois usou uma cinta no pescoço dela e asfixiou-a", relatou a delegada.

O corpo de Neiva foi encontrado na tarde de quarta-feira, dentro do estacionamento do supermercado Nacional, no bairro Medianeira. Segundo a Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha), Luiz Cláudio chegou ao local por volta das 14h em um Fusca bege, deixou o corpo e fugiu. Sobre os motivos que o levaram a abandonar o corpo no supermercado, o suspeito afirmou que optou por um local movimentado "porque a vítima era sua amiga e ele não queria deixar em um local onde ela não fosse encontrada", segundo a delegada.

Após a prisão, Luiz Cláudio foi submetido a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e levado à Penitenciária Estadual de Santa Maria. A delegada Débora Dias tem agora um prazo de 30 dias para concluir o inquérito. Segundo a titular da Delegacia da Mulher, Luiz Cláudio possivelmente será indiciado pelo crime de homicídio qualificado, por meio cruel e por impossibilitar a defesa da vítima. A polícia investigará também se Neiva foi vítima de alguma tentativa de abuso sexual.