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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Família de mãe suspeita pela morte das filhas em SP fala em “surto” e critica indiciamento

Enquanto a polícia vê indícios para que Mary Vieira Knorr, de 53 anos, seja a principal suspeita pela morte das filhas, Paola Knorr Victorazzo, de 13 anos, e Giovanna Knorr Victorazzo, de 14, no último fim de semana, a família dela...

Enquanto a polícia vê indícios para que Mary Vieira Knorr, de 53 anos, seja a principal suspeita pela morte das filhas, Paola Knorr Victorazzo, de 13 anos, e Giovanna Knorr Victorazzo, de 14, no último fim de semana, a família dela acredita que seja muito cedo para se tirar conclusões acerca da tragédia, ocorrida no Butantã, na zona oeste de São Paulo. É o que diz o advogado Lindemberg Pessoa de Assis.


— Não sabemos nem se ela é a autora desse crime. Sou advogado dela. Não trabalho por exclusão, esse raciocínio aí é por exclusão. Só porque estava apenas ela então foi ela? Não é assim. Não temos um testemunho que diga que foi ela, então o que nós temos é que aguardar pra saber quando ela estará bem para ser ouvida para que ela esclareça pra gente o que aconteceu.

Assis foi constituído como advogado de Mary pela filha mais velha dela, a pesquisadora Eliane Knorr de Carvalho, de 31 anos. A reportagem do R7 a procurou, porém ela disse que não vai se pronunciar. A posição é a mesma do bancário Leon Gustavo Knorr de Carvalho, de 28, que também não quis dar entrevista. Eles são filhos de um casamento anterior da suspeita e não moravam com ela. Por isso, não acreditam que a mãe tenha cometido o crime.

Assim como o pai de Paola e Giovanna, Marco Antonio Victorazzo, os filhos mais velhos de Mary também desconhecem qualquer distúrbio psiquiátrico ou psicológico que poderia ter levado Mary a cometer os crimes. O defensor Lindemberg Pessoa de Assis acredita que, diante do histórico dela, é cedo para se tirar qualquer conclusão, pelo menos enquanto ela não prestar depoimento à polícia.

Gilmar Contrera, delegado-titular do 14º Distrito Policial, responsável pelo caso, esperava poder ouvi-la na quarta-feira (18), mas Mary segue internada no HU (Hospital Universitário) da USP, sem previsão de alta, de acordo com a assessoria de imprensa da instituição. O advogado a visitou na quarta e explicou que ela está doente, além de não apresentar lucidez ao falar.

— Ela continua meio fora do ar, dizendo coisas desconexas, ainda em virtude da tragédia, do trauma ocorrido. Como é um processo que não tem testemunha presencial, o inquérito depende muito do depoimento dela e ela não está lúcida ainda para ser colhido esse depoimento. Clinicamente ela tem uma infecção, que está sendo tratada e não se sabe o que está ocasionando isso, e existe uma avaliação psiquiátrica porque não houve como conversar com ela em razão das coisas desconexas que ela diz. Amanhã vai ter uma nova avaliação, e em cima dessa avaliação será definido se ela está pronta para depor ou não.

O advogado da família de Mary já sabe que existe um indiciamento da polícia contra ela, o que deve resultar em prisão tão logo ela receba alta. Assis afirmou que ela “não é bandida” e que não crê que o Estado tenha condição de cuidar da sua cliente, que passa por problemas.

— Vou entrar com um pedido pra ela, porque eu acho que o Estado não tem condição de dar o tratamento devido a uma pessoa que não é nenhum bandido, não é nenhuma criminosa, com uma tragédia na vida dela, e pelo surto psicótico que ela passou, eu acho que ela teria de passar por um tratamento que o Estado não tem condição de dar.

Dívidas e processos são desconhecidos por defensor

O delegado do caso disse ao R7 que Mary Knorr possui uma dívida de R$ 200 mil e que está respondendo na Justiça por estelionato e apropriação indébita. Ainda no local do crime, ventilou-se que a situação financeira precária e os processos judiciais poderiam ter tido influência na suposta atitude da mãe em matar as duas adolescentes e o cachorro da família.

O advogado Lindemberg Pessoa de Assis explicou que não tomou ciência desses pontos levantados pela polícia e que, no momento, está preocupado exclusivamente com a saúde de Mary.

— Nem me preocupei com isso. O que me preocupa é essa tragédia que está sendo vivida com a morte das meninas, com a prisão dela, uma mãe de família super legal, passando por esse trauma.

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