O antigo líder social-democrata e actual comentador televisivo Marcelo Rebelo de Sousa afastou, este domingo a noite, a possibilidade de Portugal vir a necessitar, pelo menos de acordo com a situação actual, de um segundo resgate, garantindo que, a acontecer, será motivado pelas posições assumidas pelos líderes dos principais partidos.

«Eu acho que não [estamos na iminência de um segundo resgate]. A não ser que os políticos conduzam para isso», afirmou, no seu habitual comentário na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa.

Lançando farpas quer ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quer ao líder do principal partido da Oposição, o comentador defendeu que «falar assim de segundo resgate é dar uma sensação de insegurança da parte do primeiro-ministro de Portugal, do potencial futuro primeiro-ministro de Portugal que leva a que os juros estejam como estão, acima de 7%».

E neste sentido, acautelou o antigo presidente do PSD, «se houver a tragédia de um segundo resgate terá de haver um programa que não é só cautelar. Assim como no primeiro programa de ajustamento, aqui vão ter que estar os três».