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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Polícia investiga agressão em abrigo para crianças em Ubatuba, SP

Um abrigo para crianças da Casa Ninho, de Ubatuba, vem sofrendo denúncias de agressão e maus tratos. As denúncias foram feitas por pessoas que moram próximas ao local. Segundo a polícia civil, duas mulheres estão sendo investigadas.


O local recebe crianças encaminhadas pela Justiça que sofreram agressão ou outro tipo de problema familiar. O abrigo é gerenciado pela ONG SOS Brasil Aldeias, contratada pela prefeitura por meio da Fundação da Criança e do Adolescente de Ubatuba (Fundac).

A dona de casa Zuleica Suster mora perto do local onde viviam cinco jovens com idades entre 5 e 16 anos. Ela afirma ter ouvido e presenciado as agressões. " Várias vezes quando eu passei em frente esse abrigo eu presenciei crianças pedindo socorro. Eu ouvia gritos de várias crianças e pelo grito dava para saber que era de crianças grandes e pequenas", relatou Zuleica.

Segundo a dona de casa, uma das crianças chegou a fugir do local e ir até a casa dela por quatro vezes. "A primeira vez que ele chegou, estava com uma marca muito roxa e marcas de dedos cravados nas costas dele", disse.

De acordo com o Conselho Tutelar, os cinco foram agredidos por duas 'mães sociais', mulheres contratadas para cuidar dos jovens dentro do abrigo. " As crianças relataram para o delegado que sofriam torturas e que tinham marcas de beliscões e hematomas pelo corpo" , disse a conselheira tutelar Natália dos Santos.

Investigação
O delegado de Ubatuba, Fabrício Intelizano, que investiga o caso, afirma que novas denúncias sobre o abrigo chegaram à polícia. "Analisados pelo médico legista de plantão, foi constatado que algumas crianças foram vítimas de agressões, além disso, pelo relato delas, elas eram constantemente agredidas e humilhadas pela funcionária".

O delegado de Ubatuba afirmou ainda que as duas suspeitas de agredirem as crianças foram presas em flagrante pelo crime de tortura. As duas mulheres negaram qualquer tipo de agressão. Elas foram soltas e devem responder ao processo em liberdade. Outras testemunhas serão ouvidas para saber se outros funcionários do abrigo agrediram as crianças ou se foram omissos com relação ao caso.

O Ministério Público, que também investiga o caso, instaurou um procedimento judicial junto à Vara da Infância e Juventude para apurar a situação de todas as crianças acolhidas pelo abrigo. O procedimento está sob sigilo por envolver menores.

A Fundac informou que três das cinco crianças foram transferidas de abrigo e as outras duas estão sob a responsabilidade da própria fundação. A ONG SOS Brasil Aldeia, que gerencia o abrigo, foi procurada pela reportagem e disse que só vai se pronunciar oficialmente sobre o assunto depois da apuração de todos os fatos.

A orientação do Conselho Tutelar é que as pessoas denunciem casos de agressões envolvendo vítimas de qualquer idade. O telefone do disque denúncia é 100.
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