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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Criador de beagles reforça segurança e diz ter recebido ameaças

Desde que a polêmica sobre o Instituto Royal veio à tona, o empresário Daniel Dewald Paraschin teve sua rotina alterada. Nos últimos 15 dias ele registrou seis boletins de ocorrência por ameaça na Delegacia de São Roque, contratou seguranças e apagou seu...

Desde que a polêmica sobre o Instituto Royal veio à tona, o empresário Daniel Dewald Paraschin teve sua rotina alterada. Nos últimos 15 dias ele registrou seis boletins de ocorrência por ameaça na Delegacia de São Roque, contratou seguranças e apagou seu perfil pessoal das redes sociais.


Daniel é proprietário de uma fazenda onde cria cães da raça beagle e dachshund, coelhos, aves e pôneis. O fato do sítio ter cães da mesma raça usada como cobaia pelo Instituto Royal e estar localizado na mesma cidade, São Roque, fez com que defensores dos animais relacionassem as duas empresas.

Nas redes sociais, ativistas acusam a Fazenda Angolana, do qual Daniel é dono, de fornecer cães para o laboratório e ajudar a esconder os animais testados pela empresa e que teriam sinais de maus-tratos.
"Estou muito assustado, minha mulher e filha já não ficam mais em casa. Temos medo de uma invasão e de toda aquela violência que estamos testemunhando nesses dias", afirma.

Daniel conta que desde a invasão do Instituto Royal, na sexta-feira (18), quando 178 cães da raça beagle foram levados, grupos de ativistas estão entrando em contato com ele para exigir explicações sobre um possível envolvimento de sua fazenda com o laboratório.

Além disso, os manifestantes questionam a situação em que vivem os animais na sua fazenda. Daniel diz que chegou a permitir a entrada de um grupo de ativistas em sua propriedade para mostrar como os bichos são criados, mas isso só se voltou contra ele. "Deixei eles entrarem porque não tenho nada a esconder. Mas um deles fez uma montagem no vídeo dizendo que aqui há maus-tratos e começaram a me chamar de assassino de cachorros. Isso é terrível, porque é tudo mentira. Eu crio cães há décadas e a venda é para particulares e lojas. Nunca fui fornecedor do instituto, inclusive mostrei para eles todos os documentos que comprovam isso", desabafa.

O medo é tão grande que Daniel contratou quatro seguranças para protegerem as seis famílias que moram no local. "Aqui somos em 20 pessoas, mulheres e crianças. A fazenda sempre ficou com as portas abertas para receber o público que quer conhecer mais da raça e comprar um cão para levar para casa. Mas agora fechei a porta principal e para entrar aqui somente passando pelo segurança", revela.
Daniel, que também cria coelhos para serem vendidos a um frigorífico em São Paulo, teme que a propriedade seja invadida, a exemplo do que aconteceu com o laboratório. "Quando souberam que na fazenda também há coelhos a situação piorou ainda mais. Nas redes sociais eles falam em invadir a fazenda, o que nos deixa muito preocupados. Este é um negócio de família, que começou há 30 anos, muito antes do laboratório se instalar na cidade", diz.

Até uma petição online foi criada para pedir que seja feita uma investigação na Fazenda Angolana. O texto da petição, que já tem quase 30 mil assinaturas, classifica o local como "um verdadeiro inferno".
Preocupado com a reação das pessoas, o empresário colocou um comunicado no site da fazenda esclarecendo que não tem relação com o laboratório, mas não adiantou. "Hoje em dia, com as redes sociais, qualquer coisa que é divulgada se torna verdade absoluta em instantes. As pessoas precisam saber filtrar essas informações, o que é, de fato, verdade ou não. Estão querendo queimar décadas de trabalho da minha família contando mentiras, criando coisas sem fundamento", lamenta.
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