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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Família pede R$ 400 mil após morte de mulher atendida e liberada 3 vezes

A família da dona de casa Matilde das Dores Sibin de 55 anos, morta em janeiro deste ano após ser atendida e liberada três vezes em São João da Boa Vista (SP), pede uma indenização de R$ 400 mil por erro médico. A primeira audiência de conciliação do caso será realizada nesta quinta-feira (24), no Fórum da cidade. A defesa do médico acusado, Antônio Carlos Cupertino Júnior, informou ao G1 que não vai comentar o processo.

Em janeiro, com dores e falta de ar, a dona de casa de 55 anos procurou atendimento médico por três vezes em uma unidade de saúde do bairro em que morava e no Pronto-Socorro da cidade, mas em todas as ocasiões foi apenas medicada e liberada. “Eu que sou leigo só de ver o estado dela, com a boca e as mãos roxas, sabia que ela deveria ter sido transferida para a Santa Casa, mas o médico disse que sabia o que estava fazendo”, disse o filho Luciano Barbosa.

A causa da morte de Matilde foi uma embolia pulmonar. “Só de procurar no Google era possível saber que os sintomas que ela apresentava era de embolia”, afirmou Barbosa. Após a última consulta, em que ela foi liberada após passar sete horas em uma unidade de saúde, o filho dela conseguiu uma consulta particular com um cardiologista, mas Matilde não resistiu e morreu antes. “Ela foi liberada umas 16h, a consulta dela era as 17h30, ela chegou em casa, foi tomar banho e morreu”, relembrou.

Indenização
Segundo o filho da vítima, a indenização de R$ 400 mil foi estipulada baseada no número de filhos. “Seria R$ 100 mil para cada filho, mas isso é só uma consequência porque o médico que errou precisa ser processado e nada vai preencher o espaço vazio da morte dela”, disse. “Ele precisa pagar pelo erro”.

Procurado pela reportagem do G1, os advogados de defesa do médico Antônio Carlos Cupertino afirmaram que preferem não comentar o processo enquanto ainda está sendo julgado. A Secretaria de Saúde de São João da Boa Vista também foi procurada para comentar as investigações do caso, mas não se pronunciou.

O caso
Matilde das Dores Sibin começou a se sentir mal no dia 11 de janeiro e procurou a unidade de saúde do bairro Santo Antônio, onde mora. “O médico falou que não era nada grave. Deu uma dipirona para ela e falou que ela ia melhorar”, afirmou o filho Jefferson Belchior de Oliveira, em entrevista ao Jornal da EPTV do dia 16 de janeiro..
No dia seguinte, 12 de janeiro, a dona de casa foi levada ao pronto-socorro da cidade porque ainda sentia muitas dores no peito e falta de ar. Foram feitos exames de raio-x e do coração. “Depois constatou que ela estava com duas secreções dos dois lados do pulmão e com batimento a 104. Eu pedi para o médico para interná-la, mas ele disse que não era o caso, por enquanto. Que era para procurar um cardiologista para fazer o tratamento. Era grave, mas não ao ponto de internar”, afirmou o filho Luciano Barbosa na ocasião.
No domingo (13), ela se sentiu mal, mas não quis ir ao médico. Na segunda-feira (14), ela foi levada novamente até unidade de saúde do bairro pelos filhos. Segundo os filhos, ela ficou internada das 9h às 16h, mas foi liberada. Cerca de meia hora depois, ela morreu em casa.
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