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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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RJ: fuzis e comércio fechado em UPP retratam tentativa de reação do tráfico

Após um longo tiroteio pela madrugada na favela do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, o comércio local amanheceu com as portas fechadas nesta quinta-feira. Thomas Rodrigues Martins, 32 anos, morreu após ser atingido por tiros de fuzil, durante uma intervenção policial, conforme informou a Polícia Civil do Estado. Esta é uma velha prática dos tempos em que o tráfico de drogas controlava as comunidades do Rio de Janeiro, com a fundamental diferença de que, nos tempos atuais, já existem as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).


A morte de Martins, cujo corpo se encontra agora no Instituto Médico Legal (IML), motivou um protesto de moradores do morro. Durante o cortejo de seu corpo, os manifestantes fecharam o cruzamento da rua Sá Ferreira com a avenida Nossa Senhora de Copacabana, principal acesso ao morro. Martins tinha passagens na polícia por roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. O caso está sendo investigado pela 13ª DP (Gávea). Quatro policiais foram ouvidos e tiveram os fuzis apreendidos para confronto balístico. Testemunhas e moradores serão chamados para prestar depoimento.

O clima foi de revolta entre moradores, que rechaçam a participação de Martins com o tráfico de drogas, mas, de acordo com moradores ouvidos pelo Terra, a presença do tráfico aumenta cada vez mais no local, ocupado por uma UPP desde 2009.

"O tráfico tem uma hierarquia, e quando acontecem essas coisas, eles mandam fechar o comércio. Tinha acabado isso, mas teve essa ordem. A UPP deu garantia, mas os moradores ficam tensos, não tem jeito", explicou o presidente da associação de moradores do morro do Cantagalo, vizinho ao Pavão-Pavãozinho, Luiz Bezerra do Nascimento.
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