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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Brasil

PF desarticula quadrilha que enviava prostitutas brasileiras para Angola

Cinco brasileiros foram presos nesta quinta-feira por meio da Operação Garina da Polícia Federal de São Paulo sob a acusação de envolvimento em esquema de tráfego internacional de mulheres. Eles aliciavam as vítimas em casas noturnas da capital paulista com a promessa de que receberiam valores altos em dólares para se prostituirem, em Angola, país que fica na costa ocidental da África.




Segundo nota da PF, as mulheres eram oferecidas a clientes de alto poder aquisitivo. Dois estrangeiros ligados à quadrilha no exterior também tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça Federal e os nomes foram incluídos na lista mundial de procurados pela Interpol. Além das prisões, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos.

O caso começou a ser investigado pelos agentes federais há um ano, período em que conseguiram juntar provas de que as vítimas eram aliciadas pelo grupo criminoso em casas noturnas paulistanas. Para atraí-las ofereciam pagamento de US$ 10 mil dólares para se prostituirem pelo período de uma semana. Brasileiras do meio artístico receberam até US$ 100 mil para se relacionar sexualmente com um rico empresário e ex-parlamentar de Angola.

"Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente de liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros. Para essas vítimas, os criminosos ofereciam um falso coquetel de drogas anti-aids", diz o comunicado.

A ação criminosa, que vinha sendo praticada desde 2007, rendeu em torno de US$ 45 milhões. Os investigados serão indiciados por crime de participação em organização criminosa, tráfico internacional de pessoas, favorecimento à prostituição, rufianismo (exploração de prostituição), estelionato, cárcere privado e perigo para a vida ou saúde de outrem. As penas máximas somadas chegam a 31 anos de prisão.

Segundo esclareceu a PF, o nome dado à operação - Garina -, significa menina na gíria do português de Angola, principal local de ação dos criminosos.
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