A mulher acusada de matar a mãe com 27 facadas em 2008 foi condenada a 24 anos de prisão em regime fechado por homicídio por motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima. O julgamento de Érica Aparecida de Morais, de 31 anos, começou no Fórum de Monte Sião (MG) às 8h desta sexta-feira (25) e terminou 24h depois.
Assim que o julgamento acabou, a condenada foi levada para a Penitenciária de Três Corações (MG). Segundo o advogado do irmão de Érica, Marco Aurélio Silvestre, a defesa tem o prazo de uma semana para recorrer da decisão. O irmão e o namorado de Érica, que a princípio teriam participação no crime, foram inocentados e nem foram citados pelas testemunhas. No entanto, segundo Silvestre, o namorado dela ainda deve responder por dificultar as investigações do crime.

O caso
O crime aconteceu no dia 12 de setembro de 2008 na casa onde Érica, o irmão e a mãe dela moravam. As investigações da Polícia Civil apontaram que Érica, na época com 26 anos, matou a mãe, a cozinheira Rosalina de Fátima Virgílio, de 49 anos, com 27 facadas.

A princípio, o crime foi registrado como suicídio, mas depois a polícia mudou a linha de investigação. Érica e o irmão de 20 anos, que também morava na casa, foram presos como suspeitos e depois passaram a responder o processo em liberdade. O irmão foi considerado inocente e Érica voltou para a prisão em 2012.

O julgamento começou por volta de 8h e a Polícia Militar precisou reforçar a segurança na porta do Fórum. Érica foi trazida de Três Corações, onde estava sob custódia da polícia. O júri foi presidido pelo juiz Fernando Lino dos Reis. Segundo o Ministério Público, o motivo do crime seria o fato da mãe viver sempre doente e ter se tornado um "fardo" para os filhos.