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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Reconstituição é imprescindível para concluir caso Joaquim, diz delegado

O delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que chefia a investigação sobre a morte do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, afirmou nesta quarta-feira (20) que a reconstituição do desaparecimento do garoto é imprescindível para concluir o inquérito sobre o caso. A previsão é que isso ocorra esta semana, mas a data ainda não foi confirmada.

“A reconstituição é importante para esgotar todas as possibilidades de investigação, antes de concluir o inquérito. A gente não pode deixar nenhum detalhe para trás e depois pensar o que poderia ter sido feito e não foi”, explicou o delegado, que não descartou a possibilidade de realizar a reconstituição durante a noite. “A questão do horário não é tão importante para o que precisamos descobrir.”
Durante a reconstituição, a polícia deve refazer os passos do padrasto do menino, o técnico em TI Guilherme Longo, na madrugada em que Joaquim desapareceu. Em depoimento, Longo afirmou que saiu da casa para comprar drogas, não teria encontrado o que procurava e retornou cerca de 40 minutos depois. Ele teria trancado o portão, mas apenas encostado a porta para não acordar a mulher, a psicóloga Natália Ponte, mãe de Joaquim.
A polícia também quer saber se, do quarto onde Natália dormia, nos fundos do imóvel, era possível ouvir barulho do menino sendo retirado do outro quarto. Outro momento a ser reconstituído é aquele em que a mãe o padrasto descobrem que o garoto não estava mais dentro de casa. Em depoimento, Longo afirmou que o casal notou a ausência de Joaquim por volta de 7h30, quando foram aplicar insulina no menino, que sofria de diabetes.
Castro já havia afirmado que Natália e Longo devem participar da reconstituição separadamente. Nesta quarta-feira, porém, voltou atrás e disse que a presença do casal também não é fundamental para a investigação. Os dois devem ser intimados, mas não têm obrigação de participar, caso os advogados de defesa julguem que isso possa incriminá-los.
Natália e Longo estão presos temporariamente há dez dias, desde que o corpo de Joaquim foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), na tarde de 10 de novembro. O casal já prestou depoimento diversas vezes na Delegacia de Investigações Gerais de Ribeirão Preto (SP) e, segundo Castro, ainda devem ser ouvidos novamente até o fim da semana.
Segurança reforçada
O delegado voltou a dizer nesta quarta-feira que a realização da reconstituição ainda depende de um esquema reforçado de segurança nas proximidades da casa onde a família morava, no bairro Jardim Independência, em Ribeirão. Segundo Castro, a polícia teme que a presença de populares e curiosos prejudiquem as investigações.
“A área vai ser isolada totalmente, metros, quarteirões, para que ninguém tenha acesso. Vamos pedir o apoio da Transerp [empresa que gerencia o trânsito em Ribeirão] para fazer a interdição. Não sei quantos policiais serão deslocados, mas será um grande contingente”, afirmou.
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