O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, amanheceu com filas neste domingo (8) após o tumulto por causa dos atrasos nos voos da Gol neste sábado (7). No entanto, por volta das 11h desta manhã, apenas um voo estava atrasado e dois haviam sido cancelados, de acordo com a Infraero. Ainda segundo a empresa, a manhã não teve registro de confusão ou tumulto.
Em nota divulgada neste domingo, a Gol diz que registrou "avanços nos índices de normalidade nas suas operações nesta manhã". A companhia atribui seus atrasos a fortes chuvas que atingiram a Região Sudeste do país entre os dias 5 e 6. Neste domingo, a GOL diz que 17% dos seus voos tiveram atraso e que o índice deve oscilar até 25% neste domingo e se normalizar na manhã de segunda-feira (9).
No sábado (7), 269 dos 634 voos da empresa programados em todo o país, que representam 42,4% das viagens previstas. O impacto foi significativo não só no aeroporto de Congonhas, que teve 26,1% dos voos atrasados, mas também no de Cumbica, que teve 28,1%.
Alguns passageiros dormiram nas salas de espera em Congonhas à espera do embarque. Os doentes sofreram com o desconforto. "Mandaram a gente entrar no avião, entramos no avião e mandaram a gente sair porque não tinha piloto", afirmou uma passageira.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou neste sábado (7) que vai autuar Gol por falhas na prestação de assistência a passageiros. Segundo a Anac, fiscais da agência estão monitorando a situação em São Paulo e em Brasília. A multa prevista pode variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil por infração.
Em relação à autuação da Anac, a GOL diz que vai responder ao órgão. "A companhia julga importante esclarecer que está trabalhando incansavelmente para a normalização de sua operação e que eventuais alterações nos horários e trajetos de voos são procedimentos, ainda que indesejados, às vezes necessários às operações aéreas. A GOL pede desculpas pelo desconforto causado aos passageiros e ressalta que a segurança de seus clientes e colaboradores é item prioritário em sua política de gestão", diz nota.
