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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Escola Minas Gerais é tombada como patrimônio histórico em Uberaba

A Escola Estadual Minas Gerais, em Uberaba, será tombada pelo patrimônio histórico e o processo de tombamento deve ficar pronto até julho de 2014, segundo o Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau).


A preservação do prédio guardará a história da educação e do militarismo, já que no local funcionou o primeiro quartel da cidade. "Permaneceu até 1944, usando o prédio das duas escolas enquanto se construía o novo quartel, no Bairro Fabrício, onde está até hoje”, explicou o historiador do Conphau, Pedro Coutinho.

O historiador explicou ainda o que será preservado com o tombamento. “A intenção é que fique uma marca física para o futuro de algo que foi significativo durante sua origem e desenvolvimento”, completou.

A escola ainda é referência de ensino para muitos e a notícia do tombamento agradou a atual diretora da unidade, Vanilda Pasquali. “É um local muito importante para a história de Uberaba. Vai marcar a cultura da cidade”, disse.

O prédio foi construído em 1929 e mantém as mesmas características. A maioria das portas é original e alguns objetos de decoração também resistem ao tempo, como o piano e essa imagem sacra, que chegaram na época da inauguração.


O aposentado José Tomaz foi aluno da primeira turma do colégio. Na época ele tinha 11 anos. “Criamos o grêmio estudantil Monteiro Lobato e o grupo era presidido por uma aluna a qual sempre queríamos concorrer pelo primeiro lugar. Ela escreveu para o Monteiro Lobato, falando que ele foi o patrono escolhido. Ele agradeceu, mas a tratou como se ela fosse do sexo masculino. Depois, quando ele soube que era uma moça, Lobato se retratou e pediu desculpas”, relembrou.

A ideia de poder conviver com o prédio preservado por mais tempo também emocionou o aposentado. “Este prédio, hoje, está vivo, como foi implantado. O estado implantou uma arquitetura não apenas para poucos anos, e isto, leva, sem dúvida nenhuma a grande justificativa da Prefeitura e Fundação Cultural fazerem o tombamento. A história é vida”, concluiu José.
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