Olhar Direto

Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Há 3 anos sem ponte, moradores de distrito têm prejuízos

Prevista inicialmente para ser entregue no início de 2014, a nova ponte de acesso ao distrito de Itapé, em Rio Claro (SP), ainda não está pronta e a Prefeitura informou que não tem um novo prazo para resolver o problema, que vai completar três anos. Os 300 moradores do local enfrentam dificuldades com a passagem interditada e alguns agricultores registram prejuízos. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, as obras estão paradas porque os funcionários cumprem férias coletivas.


Os problemas começaram depois que a ponte foi destruída com a chuva de janeiro de 2011, as obras só começaram em agosto de 2013 e ainda não foram concluídas. Os 300 moradores que moram no distrito têm a sensação de que estão abandonados. “A gente não sabe se sai daqui 30 dias, 90 dias e a Prefeitura não vem dar uma solução, nem satisfação”, disse o pecuarista Antônio Pinto Marques.

Inicialmente, a Prefeitura informou que a nova ponte começaria a funcionar no início de 2014, mas os moradores percebem que a situação está indefinida. “A última coisa que fizeram foi colocar umas vigas, mas já faz uns quatro meses e o engenheiro alegava que se tivessem essas vigas terminariam a obra em até 30 dias”, comentou Marques.

Em outubro, um problema na pré-laja da ponte interrompeu as obras e o atraso faz com que os moradores usem um desvio. No caminho alternativo, em vez de quatro quilômetros, eles precisam andar 11 quilômetros em estrada de terra e a viagem que antes durava 10 minutos é feita agora em 30.

No período escolar, as crianças precisam levantar de madrugada para pegar o ônibus e voltam bem mais tarde para casa. A agricultora Marlene dos Reis entrega verduras todos dos dias na cidade e tem registrado prejuízos. “Ando mais, gasto mais com combustível, perco mais tempo e o preço é o mesmo”, afirmou.

A ponte quebrada fez a professora Míriam Daníballi mudar a rotina. Ela é professora universitária e dá aulas à noite. Mas tem medo de voltar pra casa e diz que a estrada alternativa é tão ruim que causa problemas no carro dela. “Não há carro que aguente, em três anos um já foi e o outro já está acabando, o desvio é muito grande, perigoso, com várias curvas e treminhões passando”, afirmou.

Enquanto a ponte nova não fica pronta, apenas pedestres conseguem passar, e mesmo assim com dificuldade. O agricultor João Murbach, de 86 anos, é o morador mais antigo do bairro e diz que nunca foi tão difícil viver no local. “Tem que fazer essa ponte o quanto antes porque o povo está sofrendo”.

Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet