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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Jovem deixa faculdade e emprego para viver com moradores de rua

Você já imaginou largar tudo só para praticar o bem às pessoas necessitadas? Um jovem de Lavras (MG) deixou faculdade, emprego, namorada e saiu da casa dos pais para viver junto com moradores de rua em uma construção abandonada. Bruno Souza Nogueira, de 26 anos, criou a entidade Eterna Misericórdia, que acolhe e recupera pessoas dependentes de álcool e drogas na cidade.


“Quando eu era criança e passeava com o meu pai, eu via essas pessoas embaixo dos viadutos. O meu desejo era virar um super-herói para ajudar todas aquelas pessoas”, conta.

A mudança radical na vida de Bruno aconteceu quando ele tinha 16 anos e leu um livro sobre a vida de São Francisco de Assis. A história do santo caridoso inspirou no jovem a vontade de ajudar o próximo.

“Eu não só deixei a casa dos meus pais como tinha passado no vestibular para engenharia florestal, tinha emprego e namorava. Eu deixei toda essa vida para viver com os moradores de rua. Eu encontrei um significado na vida e eu reconstrui uma nova história, um novo Bruno”, afirma.

A família de Bruno estranhou a mudança no começo, mas se acostumou com o tempo. “Algumas roupas dele começaram a sumir, depois alguns cobertores. Ele dizia que tinha perdido ou esquecido em algum lugar, foi quando descobrimos que ele levava para os moradores de rua”, explica o pai de Bruno, Ubiratan da Cunha Nogueira.

Em 2009, o rapaz conseguiu apoio da Prefeitura de Lavras e a sede da entidade passou a ser em uma chácara alugada. Atualmente, 23 homens, com idades entre 40 e 60 anos, vivem no local. Os próprios moradores arrumam a casa, cuidam da horta e preparam as refeições. Eles também participam de um grupo de orações e recebem acompanhamento psicológico.

O sonho de Bruno ainda vai mais longe. Uma casa própria dos moradores da entidade está sendo construída. Cada tijolo colocado representa uma esperança a mais para as pessoas que dependem do trabalho.

“Essa casa é para que essas pessoas possam ser acolhidas melhor, com mais carinho e mais espaço. A capacidade será para 40 pessoas e teremos oficinas terapêuticas, como reciclagem, artesanato e padaria, por exemplo. Isso permite que a pessoa tenha um ofício e possa voltar ao mercado de trabalho”, conclui Bruno.
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