Os servidores das universidades estaduais do Ceará, em greve há dois meses e meio, criaram uma “pauta emergencial” com a condição de encerrar a paralisação, caso seja atendida pelo Governo do Estado. Alunos, professores e servidores da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Regional do Cariri (Urca) e Universidade Vale do Acaraú (UVA) integram a greve das universidades estaduais.

Na chamada “pauta emergencial”, os servidores reivindicam a regulamentação do plano de cargos, salários e carreiras; reajuste salarial; verba completar de R$ 40 milhões (R$ 20 milhões para Uece e R$ 10 para UVA e Urca, cada); realização de concurso público para contratação de professores; reforma e expansão da estrutura atual e a criação de novos cursos de graduação.

O Governo do Estado tem acordo para a criação de um plano de cargos, salários e carreiras, mas ainda não foi regulamentado. O estado deve repassar ainda R$ 30 milhões para serem investidos nas universidades, R$ 10 milhões a menos que o reivindicado. O governo destaca ainda que realizou concurso público para contratação de professor nos últimos anos, mas não previsão de certames para a chamada de 450 profissionais de imediato, como reivindicam os grevistas.

Como parte do movimento grevista, os professores distribuíram panfletos trilíngues (português, inglês e espanhol) na Avenida Beira Mar, em que denunciam aos turistas e cearenses más condições nas universidades públicas estaduais.