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Domingo, 21 de julho de 2024

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Alckmin diz que 'rolezinho' vira caso de polícia quando há depredação

O governador Geraldo Alckmin disse nesta quinta-feira (16), durante o lançamento de um projeto de educação na Escola Antonio Alves Cruz, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, que os "rolezinhos" são manifestações de lazer e só viram caso de polícia quando há depredação.


"Antigamente eu dava um rolê na praça, no meu tempo de jovem, em Pindamonhagada. Hoje é no shopping, os tempos mudam, mas não pode haver depredação", afirmou o governador.

Segundo Alckmin, a segurança da parte interna dos shopping é privada, mas a polícia pode atuar, se houver necessidade, para proteger a população. "Se tiver depredação, roubo, é diferente, vira um problema da polícia", disse.
Na quarta-feira (15) a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo disse que policiais militares não vão fazer segurança preventiva de shoppings. Em nota, o secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP), Fernando Grella Vieira, defendeu que “o rolezinho não pode ser considerado crime, mas um fenômeno cultural, motivo pelo qual não deve ser tratado como caso de polícia”. Segundo a secretaria, “a segurança dos shoppings é privada” e a PM irá agir apenas em casos de quebra da ordem.
Anteriormente, o secretário havia defendido o uso da força por policiais militares em caso de tumulto nos shoppings. “A função da policia é manter a ordem. Não é papel dela fiscalizar shopping. Mas se houver risco iminente ou se for acionada, aí sim, passa a atuar”, falou. A Corregedoria da PM apura a ocorrência de possíveis excessos por parte dos policiais durante um evento no Shopping Metrô Itaquera, no último fim de semana.
'Rolezinhos': histórico e polêmicas
Os recentes “rolezinhos” em shoppings centers de São Paulo, nos quais adolescentes se encontram para passear e paquerar, depois de combinar tudo pelas redes sociais, têm causado medo em lojistas e chamado a atenção da sociedade.
Desde o fim de 2013, jovens têm organizado encontros pelas redes sociais, principalmente, em shoppings da capital paulista e da Grande São Paulo. Os eventos ficaram conhecidos como "rolezinhos".


A primeira iniciativa a ganhar repercussão aconteceu no Shopping Metrô Itaquera, Zona Leste de São Paulo, em 8 dezembro. Algumas lojas fecharam com medo de saques e o centro comercial encerrou o expediente mais cedo.
Este tipo de encontro em lugares públicos-privados não é propriamente uma novidade em São Paulo. E não começaram especificamente no ano passado. Estacionamentos de supermercados e postos de gasolina também são corriqueiramente ocupados nas noites e madrugadas aos finais de semana por um grupo que quer se fazer ouvir – ou apenas se divertir - independentemente do estilo musical que entoa.
Os organizadores definem os encontros como um "grito por lazer" e negam qualquer intenção ilegal, mas viraram alvo de investigações policiais.
Em 8 de dezembro, o “rolezinho” no Shopping Metrô Itaquera reuniu cerca de seis mil adolescentes, segundo a administração do centro comercial. Houve tumulto, a polícia foi acionada e o shopping fechou uma hora e meia mais cedo. Na época, pessoas que se identificaram como clientes e lojistas comentaram na página do Facebook do shopping que houve arrastão e furtos naquela noite de sábado. A administração negou a onda de furtos. Na época, o G1 apurou que três pessoas foram presas por roubo.
O segundo encontro, que reuniu 2,5 mil pessoas, aconteceu no Shopping Internacional de Guarulhos, em 14 de dezembro. Clientes relataram que houve tumulto nos corredores do centro comercial. Embora não tenha havido registro de feridos nem roubos, pelo menos 22 suspeitos foram levados para uma delegacia da cidade na região metropolitana de São Paulo. Eles foram averiguados e liberados em seguida.
saiba mais
Em 22 de dezembro, às vésperas do Natal, época em que os shoppings da cidade ficam lotados, o “rolezinho” aconteceu no Shopping Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Dez equipes da Polícia Militar foram mobilizadas. Não houve registro de furtos, porém, quatro participantes foram detidos.
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