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Domingo, 21 de julho de 2024

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Motorista de carreta afirma que houve problema mecânico, diz mãe

A mãe do motorista da carreta que atingiu uma passarela na Linha Amarela, na manhã de terça-feira (28), declarou ao G1 nesta sexta-feira (31) que o condutor Luis Fernando Costa, de 30 anos, contou que houve um problema mecânico no veículo. O acidente deixou cinco mortos e quatro feridos.


A dona de casa Dulce Costa disse ainda que o estado de saúde do filho está se agravando e que ele pode ser submetido a uma cirurgia. Por volta das 9h50 desta sexta, o motorista permanecia internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital do Coração (HSCor) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, sem previsão de alta, segundo a mãe.

"Estamos muito tristes com o que aconteceu. Ele disse que o problema foi mecânico, mas, como disse o prefeito [Eduardo Paes], temos que esperar o laudo para poder ter certeza. O menino [Luis Fernando], a situação dele está se agravando. São três costelas fraturadas, e ele corre o risco de cirurgia. Ele está no CTI, e o médico disse que não tem previsão de alta, mas o quadro é meio estável. Ele não está conseguindo respirar direito, sente muita dor e não consegue nem falar direito", informou Dulce.
Após ter tomado conhecimento de que a passarela teria caído, a dona de casa disse que todos têm um pouco de culpa.
"Nós vimos que a passarela estava solta. Acho que todo mundo tem um pouco de culpa. A sorte [foi] que Deus protegeu [meu filho]. Se não tivesse acontecido isso, eu estaria chorando a morte dele também. Meu filho poderia estar enterrado a uma hora dessas. As crianças [filhos do motorista] não estão nem comendo direito. Nos solidarizamos com os familiares das vítimas. Do jeito que a passarela caiu, podia ter caído bem em cima da carreta também. Todo mundo está abalado", disse a mãe.

Segundo o delegado da 44° DP (Inhaúma), Fábio Asty, uma testemunha declarou em depoimento na quinta-feira (30) que Luis Fernando falava ao telefone antes da colisão.
Problema mecânico

A Polícia Civil informou às 11h desta sexta-feira que o inquérito policial está em andamento e que o delegado responsável pelas investigações aguarda o resultado dos laudos periciais. Na quinta-feira, Asty declarou que tudo leva a crer que houve algum problema mecânico ainda não identificado.

O delegado acrescentou, no entanto, que a comprovação só virá a partir de uma análise técnica pericial. Ele afirmou, ainda, que a carteira de motorista de Luís Fernando estava válida até 2018 e que ele é habilitado a dirigir caminhões desde 2006.

"A empresa [Arco da Aliança] não tinha conhecimento nem autoriza que eles [os condutores] usem esse tipo de caminho pela Linha Amarela. O chefe de mecânica da empresa disse que, pela experiência deles, dificilmente essa caçamba poderia ser levantada com a carreta em movimento. Causaria uma pane mecânica muito intensa, e o veículo pararia na hora. Seria como se um carro estivesse a 120 km/h e o motorista engatasse a marcha à ré ou a primeira marcha", revelou Asty.
Depoimento

Em depoimento à polícia, a testemunha que falava ao telefone com o motorista da carreta no momento do acidente declarou que chegou a repreendeu Luis Fernando Costa por ele estar trafegando na Linha Amarela fora do horário permitido. Em dias úteis, a proibição para esse tipo de veículo no local vai das 6h às 10h e das 17h às 20h.

Segundo o delegado responsável pelo caso, o condutor da carreta ficou quase 5 minutos ao celular antes da batida.

"O motorista que falava com ele ao telefone sabia que ele estava dirigindo e o repreendeu dizendo: 'Você sabe que não pode andar por aí'. Eles ficaram em comunicação por 4 minutos e 42 segundos. O motorista estava falando assuntos particulares no celular, sobre o filho que havia desaparecido, e a comunicação só foi interrompida após a colisão", disse Asty
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