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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Corregedoria reavalia morte de rapaz algemado em carro da Polícia Militar

A Corregedoria da Policia Militar vai reavaliar o laudo que aponta que José Guilherme da Silva, de 20 anos, cometeu suicídio enquanto estava algemado, com as mãos nas costas, no banco de trás de um veículo da PM em 16 de setembro do ano passado. A morte aconteceu em Limeira (SP) quando o rapaz era conduzido à delegacia sob suspeita de atirar em um dono de bar durante ação criminosa.


A Corregedoria da PM fará a reavaliação em parceria com a Polícia Técnico-Científica para levantar se há possibilidade de uma outra versão para o crime ou apenas referendar a já existente. Durante as investigações, houve perícias no veículo onde a morte aconteceu e na arma supostamente usada para o suicídio.

Segundo a versão dos policiais militares, Silva escondeu uma arma enquanto era revistado e dentro do carro sacou-a, mesmo usando algemas, e atirou na própria cabeça. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), tanto o laudo do Instituto de Criminalística (IC) quanto as investigações policiais apontam para a teoria de suicídio. O IC relatou que o tiro foi dado de baixo para cima a uma distância de 50 centímetros. O órgão, no entanto, não encontrou vestígios de chumbo nas mãos de Silva durante o exame residuográfico.

Em nota, a SSP informou que "não tolera desvios de conduta" e que se a nova investigação comprovar o envolvimento de policiais na morte, eles responderão criminal e administrativamente, "podendo até ser expulsos da corporação".

A reportagem do G1 entrou em contato com a Polícia Civil de Limeira, mas o delegado indicado pelo seccional José Henrique Ventura para falar sobre o caso, Mamede Jorge Rime, não quis comentar o assunto.
Família discorda

O pai do rapaz, João Alves da Silva, disse na época da ocorrência que era "impossível" que a polícia não identificasse um revólver durante a revista. Ele relatou ter visto o filho ser revistado antes de entrar na viatura e não acredita que uma arma pudesse passar despercebida. "Eu vi quando ele foi levado. Os policiais acharam até celular e documento de identidade, como é que não viram um revólver?", afirmou.
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