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Domingo, 21 de julho de 2024

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Grávida morta no RJ era ameaçada desde o ano passado, diz família

Foto: Reprodução / TV Globo

Grávida morta no RJ era ameaçada desde o ano passado, diz família
A família de Suelen de Sousa Sales, de 26 anos, que estava grávida e foi assassinada em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, entregou à polícia, nesta quinta-feira (10), um celular antigo da vítima.


Segundo a prima dela, Nery Ribeiro, o aparelho mostra que Suelen já vinha recebendo mensagens ameaçadoras Flávia da Silva Ramos — amante do marido da vítima e principal suspeita do crime — desde setembro do ano passado.

Em uma das mensagens mostradas ao G1, Suelen teria escrito para Flávia: "Sou tão pequena mais porque tem medo de me encarar, se sou tudo isso porque te encomodo tanto, inveja né, quer me destruir mas sou mais forte do q pensa. Covardeeee" (Sic). A polícia vai apurar a autenticidade das mensagens que estão no celular. A suspeita deixou a delegacia por volta das 16h30 e foi levada para o presídio de Bangu.

Acareação
Por volta de 16h, os depoimentos do marido da vítima, Rodrigo Folly Cuzzuol, de 33 anos, e da suspeita do crime, Flávia Ramos, duravam mais de cinco horas. Segundo o titular da Divisão de Homicídios de Niterói, Wellington Vieira, o clima é tenso na acareação já que, segundo ele, Flávia acusa Rodrigo de ser o autor do crime. A suspeita já foi indiciada por homicídio qualificado, de acordo com a polícia.

O delegado afirmou ainda que o álibi apresentado pela suspeita — de que estaria trabalhando em uma casa de prostituição no momento do crime— ainda não foi confirmado. Já a amiga de Flávia, que teria ido até a casa de Suelen para fazer ameaças, ainda está sendo tratada como testemunha no caso.

Pai não crê em envolvimento do genro
O pintor industrial Manoel Augusto Sales, de 53 anos, pai de Suelen disse ao G1 nesta quinta-feira (10) que não acredita no envolvimento do genro no crime — a exemplo do delegado responsável pelo caso. Viúvo de Suelen, Rodrigo Cuzzuol chegou às 9h40 à Divisão de Homicídios de Niterói para acareação com a suspeita do assassinato, Flávia Ramos, que confessou ser amante dele.

"Conheço Rodrigo desde criança, conheço o avô, o pai e a mãe dele. Nunca soube de nada que o desabonasse. Ele amava minha filha e minha filha o amava. Ele cometeu um erro, que todos nós estamos sujeitos a cometer, teve uma relação extraconjugal com uma pessoa que considero do mal. Naquele momento, ele não pensou que uma coisa dessas ia acontecer, não pensou nas consequências. Repudio as injustiças e acredito na competência do delegado. O que aconteceu é coisa de alguém do mal, diabólico e que está ligado a uma quadrilha. O delegado está no rumo certo", disse o pintor industrial.

Folly chegou às 9h40 à Divisão de Homicídios de Niterói acompanhado do advogado, Josef Alexandre, e preferiu não falar com a imprensa.

Nervosismo na acareação
Instalados na sala ao lado de onde acontece a acareação entre o viúvo de Suelen, Rodrigo Cuzzuol, e Flavia Ramos, parentes da vítima contaram nesta quinta (10), que o clima é tenso e que a todo instante são ouvidos gritos de que o viúvo teria participado do crime.

Segundo o primo de Suelen, Gustavo Sales, ele nega, mas há muitas contradições."Os horários são divergentes e há detalhes conflitantes. Ela diz que ele está envolvido e ele nega, mas há detalhes reveladores. Coisa que ninguém sabia, que tinha um caso amoroso inclusive homossexual. Minha prima não merecia isso", disse o primo de Suelen. Segundo ele, no celular da vítima que teria sumido, haveria vídeos comprometedores do viúvo.

Caso extraconjugal
De acordo com o viúvo, a amante seria garota de programa. Eles mantinham um relacionamento extraconjugal por cerca de 8 meses.

"Eu tive uma relação com ela, estava me afastando dessa relação. Só mantinha contato telefônico e ela me pediu para levá-la numa clínica de aborto. Ela disse que o filho era meu, mas eu não acredito ela e mentirosa e já teve envolvimento com vários homens", afirmou.

O delegado Wellington Vieira garantiu que um exame será pedido durante a acareação para confirmar ou não a versão.

Vídeo mostra suspeitas
A Polícia Civil informou que vai pedir à Justiça a prisão preventiva de Flávia. "A polícia e o Judiciário têm vários indícios sobre o envolvimento dela no crime. Ela disse que era apaixonada pelo Rodrigo [marido da vitima] e testemunhas dizem que ela tinha obsessão por ele", afirmou o delegado Wellington Vieira, acrescentando que o objetivo do pedido é manter a suspeita presa até o julgamento.

Segundo as investigações, dias antes do crime, a vítima teria sido ameaçada por uma amiga de Flávia. A mulher, cujo nome não foi revelado, teria ido até a casa de Suelen onde ocorreram as ameaças. De acordo com imagens mostradas pelo RJTV nesta quinta-feira (10), é possível ver uma mulher andando rapidamente num local próximo à vila onde Suelen foi assassinada. A suspeita arrasta um carrinho de feira às 6h48. Cinco minutos depois, uma outra mulher, de branco, passa em frente à câmera. Nenhuma delas foi identificada, mas a Divisão de Homicídios investiga se elas saíam da casa de Suelen e se alguma delas era Flávia da Silva Ramos. Testemunhas afirmam que ela estaria vestida de branco no dia da morte.

Achada morta em casa
O corpo de Suelen foi achado pela sogra em casa, no bairro de Trindade, em São Gonçalo, com um corte na garganta. O marido da vítima, Rodrigo Folly Cuzzuol, prestou depoimento na Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DH), que investiga o caso.

Segundo o delegado Wellington Vieira, o marido afirmou, em depoimento, que estava a caminho do trabalho quando o crime aconteceu. O homem teria saído para trabalhar por volta das 6h30 e recebeu a ligação com a notícia da morte da mulher às 8h12. De acordo com o delegado, Rodrigo disse ainda que tinha um "casamento tumultuado".
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