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Domingo, 21 de julho de 2024

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Caso Bernardo: "Ela estava tranquila, não chorava", diz delegada sobre depoimento de madrasta

A madrasta de Bernardo Uglione Boldrini, encontrado morto em matagal de Frederico Westphalen, no interior do Rio Grande do Sul, foi ouvida pela polícia no domingo (20) dentro da cadeia. Graciele Ugulini é suspeita de ter aplicado uma injeção letal na criança. No mesmo dia, também foram ouvidos o médico Leandro Boldrini, marido de Graciele e pai de Bernardo, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta. Os presídios nos quais os três estão não foram divulgados pela polícia.


Em uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (22), a delegada Caroline Bamberg Machado, responsável pelo caso, não deu detalhes do depoimento, mas disse que Graciele já tem advogado e falou sobre o estado emocional dela.

— Ela estava tranquila, não chorava.

O titular da delegacia de polícia de Campo Novo, delegado Marion Volino, que também investiga o caso, disse que Leandro Boldrini também aparentava tranquilidade e falou de forma fria durante o depoimento.

A delegada sustentou que há provas da participação do médico no assassinato do filho.

— Eu tenho convicção de que de alguma forma ele participou. Ainda não sei a forma, pois o crime ainda está sendo esclarecido.
Ela afirma, ainda, que além do pai de Bernardo, a madrasta e a amiga estão envolvidas no crime, mas é preciso "individualizar a conduta de cada um e depois a motivação de cada um dos três". Ela disse que os três depoimentos não foram conclusivos.

— Eu não levo "a pau e ferro" nenhum depoimento. Eu não sei se essa versão é verdadeira, preciso de outros elementos.

Outros depoimentos serão tomados para esclarecer alguns fatos. A polícia também aguarda o resultado do laudo da perícia para saber, por exemplo, que tipo de medicamento foi aplicado no menino. A delegada ainda não decidiu se haverá acareação dos três suspeitos ou reconstituição da morte da criança.

Entenda o caso

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul. Durante a tarde, o menino teria ido a Frederico Westphalen com a madrasta e uma amiga comprar uma televisão. Quando voltou a Três Passos, a criança teria dito que passaria o fim de semana na casa de um amigo e não foi mais vista.

Menino não se sentia parte da família

Após dez dias desaparecido, o corpo foi encontrado em um matagal de Frederico Westphalen, cidade a 80 km de Três Passos. O cadáver estava nu dentro de um saco enterrado em uma propriedade rural.

No mesmo dia, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta, a enfermeira, Graciele Boldrini, e uma amiga, a assistente social, Edelvânia Wirganovicz, foram presos preventivamente suspeitos de participação no crime. Edelvânia indicou onde estava o corpo da criança. Ela também contou à polícia que Graciele dopou o menino e depois aplicou uma injeção letal.
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