O governo brasileiro propôs ao senador boliviano Roger Pinto, que ficou asilado na embaixada brasileira em La Paz, por 453 dias, e em seguida conduzido até Mato Grosso do Sul por um carro oficial, que ele abrisse mão do asilo no Brasil oferecido por Dilma, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

A publicação teve acesso a telegramas diplomáticos e depoimentos secretos da sindicância sobre o diplomata brasileiro Eduardo Saboia, que retirou Pinto da Bolívia.

Segundo o periódico, Patriota disse, em depoimento a comissão de sindicância, em 7 de outubro de 2013, que realmente existiu uma proposta feita a Roger Pinto para que ele desistisse do asilo em terras brasileiras.

Segundo a Folha, o Itamaraty enviou uma carta para o então embaixador na Bolívia, Marcel Biato, em que ele era instruído a propor ao senador boliviano que escrevesse uma carta a Dilma dizendo que abria mão do asilo e que estava disposto a embarcar para um país não especificado.

O senador não aceitou a proposta.

Sergundo a Folha de S.Paulo, o presidente boliviano Evo Morales teria dito a Dilma, durante uma viagem a Guiné Equatorial, durante a qual participou da Cúpula Amércia do Sul-Africa, que ele esperava que o Brasil resolvesse a situação do senador e tornasse mais rígidas suas condições de estada na embaixada brasielira em La Paz.

Em depoimento, Patriota afirmou que a ideia de conceder asilo a Roger Pinto partiu de Dilma Rousseff.