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Sábado, 20 de julho de 2024

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Aeroviários fazem manifestação na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio

Aeroviários faziam, por volta das 6h35 desta quinta-feira (12), uma manifestação na Avenida Vinte de Janeiro, na Ilha do Governador, via que leva ao Aeroporto Tom Jobim (Galeão). Como informou o Bom Dia Rio, eles chegaram a fechar a via no sentido Galeão, e, às 6h45, apenas uma faixa estava liberada.

Às 7h43 motoristas ainda enfrentavam engarrafamento na região. Cerca de 25 pessoas participavam do primeiro piquete montado pelos manifestantes. Posteriormente o número de manifestantes subiu para 50 pessoas, segundo a PM. No local, o representante do Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio (Simarj), Marcelo Schimdt, disse que a negociação dos trabalhadores começou em setembro de 2013 e nada foi feito.


"Os aeroviários estão negociando desde setembro e a pauta foi completamente ignorada. Enquanto os sindicatos da CUT assinarem acordos vergonhosos nós vamos ser atropelados. Nós pedimos 12% de aumento, mas o nosso principal requisito é o aumento no número de pessoas", disse, acrescentando que empresas colocam pouca gente em setores como mecânica, comprometendo a segurança dos voos. "Essa é primeira greve, mas outras virão. Nós estamos respeitando a decisão da Justiça de trabalhar 80% do pessoal", afirmou Schmidt.
O representante do sindicato disse ainda que o objetivo do piquete é justamente atrasar os voos. "Cada voo atrasado custa R$ 9 mil para as empresas", explicou. Segundo ele, o plano do grupo era obstruir a via até as 10h e depois seguir em passeata em direção ao aeroporto. A passeata acabou começam antes, porém.
Passageiros e motoristas revoltados

Muitos motoristas que já estavam irritados com o engarrafamento reclamavam com o grupo que fechava a via e provocava grande engarrafamento. "Isso é uma palhaçada. Olha o que eles estão fazendo com a gente", disse a advogada Marcela Resende. Como mostrou o Globocop, depois de passar pelo piquete, passageiros foram obrigados a correr para não perderem seus voos.

Integrantes do Movimento Nacional da Luta por Moradia também participam da manifestação na avenida que dá acesso ao Galeão."Estamos apoiando a greve dos rodoviário e protestando contra as 250 Mil remoções para as obras da Copa no Brasil inteiro", afirmou Clara Silveira.

Ás 8h, o Batalhão de Choque da PM chegou ao local, e negociava com manifestantes, que passaram a obstruir apenas parcialmente uma das pistas. Ás 8h20, os manifestantes começaram a marchar para o aeroporto, no canto da pista.

Reivindicações

Os aeroviários do Rio começaram a 0h uma paralisação de 24 horas nos aeroportos Galeão, Santos Dumont e Jacarepaguá, segundo o Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio (Simarj). A categoria reivindica melhores condições e a assinatura da convenção coletiva. De acordo com Fernando Medeiros, assessor do Simarj, 80% do serviço será mantido.

Os aeroviários são os profissionais que não trabalham embarcados e prestam serviço em aeroportos, em balcões de check in, manutenção, serviços gerais, mecânicos, engenheiros, entre outros. Pilotos, comissários e funcionários de alfândega fazem parte de outra categoria, a dos aeroportuários.

O Simarj informou que a Anac autorizou quase 20 mil voos a mais durante a Copa do Mundo no Brasil e, só no Rio de Janeiro, serão 2 mil a mais. Fernando Medeiros diz que não houve acordo entre os aeroviários e o Sindicato das Empresas Aéreas (Snea) e que as empresas demitiram alguns trabalhadores antes do mundial. O G1 tentou obter um posicionamento do Snea, mas até a última atualização desta reportagem não havia conseguido contato.
Segundo o Bom Dia Rio, a Agência Nacional de Aviação (Anac) informou que está acompanhando a situação, e que as empresas aéreas possuem planos de contingência.
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