Objetivo é espantar pássaros escondidos perto das pistas de pouso.
Medida simples que pode evitar imprevistos e até uma tragédia.
Cães farejadores começaram hoje a reforçar a segurança do Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Não é para descobrir drogas nem explosivos escondidos na bagagem, não. A missão deles é espantar os pássaros e reduzir o risco de acidentes nos pousos e decolagens.
Dois filhotes da raça pointer têm apenas cinco meses de vida e já formam a nova dupla de segurança de voo no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio. Eles estão atrás de ovos de pássaros escondidos perto das pistas de pouso e decolagem.
Os ovos de pássaros podem parecer inofensivos, mas são alimentos para aves de maior porte que oferecem risco para a aviação e este ano não foram poucos os casos de colisão de pássaros com aeronaves no Galeão.
"De janeiro a agosto foram 23 colisões que danificaram a fuselagem, danos materiais que conseguiram ser sanados sem risco para os voos”, fala a gerente de sustentabilidade do Consórcio Rio-Galeão, Milena Martorelli.
Atos e Otos estão no local para ajudar a evitar situações como essas. Mas não são animais de caça.
A missão dos cães é apenas indicar onde estão os ninhos. O aeroporto Tom Jobim já contava com outros animais, como falcões e gaviões, para o trabalho de prevenção de acidentes com pássaros.
Um vídeo mostra o momento em que um gavião captura um urubu com as garras e o mantém preso até a chegada de um tratador. Uma medida simples que pode evitar imprevistos e até uma tragédia.
"Pode causar dano serio a ponto de derrubar um avião é por isso é tão importante esse trabalho nos aeroportos do país”, diz o treinador Júnio Abreu.