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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Empresários autorizaram uso de jato por Campos, diz presidente do PSB

Jornal apontou suspeita de uso de caixa 2 na compra de aeronave.

Dirigente afirmou que recibo eleitoral seria emitido ao final da campanha.

O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, afirmou nesta terça-feira (26), por meio de nota, que o uso da aeronave que transportava o ex-governador Eduardo Campos na campanha eleitoral deste ano, de prefixo PR-AFA, foi autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira.

“A aeronave de prefixo PR-AFA, em cujo acidente faleceu seu presidente, Eduardo Henrique Aciolly Campos, nosso candidato à presidência da República, teve seu uso – de conhecimento público – autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira”, informou o partido.

Reportagem publicada no último domingo (24) pelo jornal “Folha de S.Paulo” afirmou que a Polícia Federal (PF) apuraria se aeronave que caiu com o ex-governador pernambucano foi comprada com dinheiro de caixa 2 de empresas ou do próprio PSB, partido de Campos. Além disso, reportagem do jornal "O Globo" apontou suspeita de irregularidade na cessão da aeronave para a campanha eleitoral de Eduardo Campos.

No entanto, a PF divulgou nota nesta terça para informar que só investigará suposto uso de caixa 2 na compra do jato particular se houver solicitação ou autorização da Justiça Federal. Segundo o comunicado, a corporação abriu inquérito no último dia 13 apenas para apurar as causas do acidente aéreo que provocou a morte de Campos e de outras seis pessoas em Santos (SP).

De acordo com um registro na Agência Nacional de Avião Civil (Anac), a empresa AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda, de Ribeirão Preto (SP), havia comprado o jato que conduzia o presidenciável do PSB por um arrendamento operacional, que é um leasing, uma espécie de financiamento.

Após o desastre aéreo, a empresa AF Andrade enviou para a Anac um documento, informando que tinha repassado o avião para João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, em maio deste ano, período em que o jato passou a ser usada na campanha de Eduardo Campos.

O mesmo documento explica que as empresas BR Par Participações e Bandeirantes Pneus, de Apolo Santana Vieira, se apresentaram para assumir o financiamento junto à Cessna, a fabricante do aeronave. Em nota, a Bandeirantes Pneus disse que teve interesse na compra da aeronave, mas que não realizou a operação.

Na nota divulgada nesta tarde, o PSB informou ainda que o recibo eleitoral sobre o uso da aeronave seria emitido após a campanha presidencial, uma vez que, segundo o partido, os custos só poderiam ser calculados, por “pressuposto óbvio”, após o período em razão das horas de voo que seriam utilizadas no decorrer da campanha.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo PSB:

O Partido Socialista Brasileiro esclarece:

A aeronave de prefixo PR-AFA, em cujo acidente faleceu seu presidente, Eduardo Henrique Aciolly Campos, nosso candidato à presidência da República, teve seu uso — de conhecimento público -- autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira.

Nos termos facultados pela legislação eleitoral, e considerando o pressuposto óbvio de que seu uso teria continuidade até o final da campanha, pretendia-se proceder à contabilização ao término da campanha eleitoral, quando, conhecida a soma das horas voadas, seria emitido o recibo eleitoral, total e final.

A tragédia, com o falecimento, inclusive, de assessores, impôs conhecidas alterações tanto na direção partidária quanto na estrutura e comando da campanha, donde as dificuldades enfrentadas no levantamento de todas as informações que são devidas aos nossos militantes e à sociedade brasileira.

Brasília, 6 de agosto de 2014

Roberto Amaral, presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro
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