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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Mulher que roubou bebê teve aborto e tinha medo de separação, diz polícia

Foto: Reprodução/Ilustração

Mulher que roubou bebê teve aborto e tinha medo de separação, diz polícia
A polícia do Rio segue em busca de uma das duas suspeitas de sequestrar um bebê de 17 dias na Zona Oeste do Rio na última terça-feira (26). A criança, que segundo a mãe foi sequestrada por falsas agentes de talentos, foi encontrada nesta quarta (27) por um policial militar em Santa Cruz, Zona Oeste. Para ajudar na procura, foi divulgada a foto da suspeita, identificada como Leandra Aleluia Leal, que teve a prisão pedida pela polícia


A filha dela, de 16 anos, que também teria participado da ação, foi apreendida na noite desta quarta em Angra dos Reis, na Costa Verde.

"Conseguimos identificar inicialmente a adolescente, filha da autora que também participou [do crime, e hoje [nesta quarta] nós conseguimos o principal que era recuperar a criança. Devolvemos à família e agora vamos buscar as autoras que estão evadidas", disse o delegado titular da 35º DP (Campo Grande), Hilton Alonso.
No reencontro do bebê com a família, quase 30 horas após o sequestro, o pai chegou a desmaiar.
"Foi emoção. O meu filho voltou para os meus braços", disse a mãe.

Suspeita perdeu bebê

A investigação aponta que Leandra estava grávida e fingiu para a família que o bebê sequestrado era seu filho. O marido da suspeita foi ouvido por policiais civis por volta das 21h desta quarta. Ele ajudava ao delegado a entender os detalhes do caso. Segundo Alonso, o marido de Leandra chegou a sentir o bebê na barriga. A mulher disse ao marido que sairia hoje do hospital após o parto e chegou em casa com um recém-nascido.

Com a repercussão do caso, mãe e filha fugiram deixando o bebê com uma parente. Policiais responsáveis pelas investigações chegaram à 35ª DP (Campo Grande) com a criança nos braços aproximadamente às 19h50 desta quarta-feira (27), cerca de 30 horas após o sequestro. As suspeitas pelo desaparecimento, entretanto, não estavam com os agentes.

A criança foi encontrada em uma casa no Largo do Aarão, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, por um policial do 27º BPM (Santa Cruz). O 2º sargento da unidade estava de folga e foi verificar boatos de que o bebê estaria pela região.
Segundo o delegado, o policial militar relacionou o fato veiculado na mídia com uma sobrinha que estava com uma criança em Santa Cruz. Ainda segundo Alonso, o sargento será ouvido para esclarecer se já sabia ou não alguma informação sobre o sesquetro.

Segundo Hilton Alonso, a autora do crime deixou a criança com a prima na manhã desta quarta após ver as notícias sobre o sequestro e fugiu. Segundo o marido da sequestradora, ela estava grávida, prestes a ter uma criança.

A mãe do bebê, que teve a identidade preservada por ser menor de idade, aconselhou outras mães. "Não dê o bebê na mão de ninguém. Desconfie até do próximo", disse. Na delegacia, o pai da criança passou mal.

Pais fizeram apelo
Pela manhã, os pais do bebê fizeram um apelo para a sequestradora devolver o pequeno Kayzo, que ainda nem tinha certidão de nascimento. Segundo a mãe, uma mulher ofereceu R$ 150 para a criança aparecer em um programa de televisão. Mesmo desconfiada, a jovem se encontrou com a mulher, que aproveitou um momento de distração da mãe para fugir com o bebê.

O pai do recém-nascido, Rafael dos Reis, contou que ficou incrédulo quando soube do sequestro. “Eu estava trabalhando quando ela [mãe do bebê] chegou pra mim e disse que o meu filho tinha sido sequestrado. Eu não acreditei, entrei em desespero”, relembrou o ajudante de pedreiro.

O sequestro
A jovem andava com o filho por Campo Grande quando recebeu o convite da falsa agente para que o filho participasse de um programa de TV. A princípio, ela recusou, mas deu o número do telefone para a mulher. A mãe do bebê contou que começou a receber ligações insistentes e, mesmo desconfiada, aceitou o convite e foi ao encontro da falsa agente.
"Ela falou: 'Que bebê lindo'. Aí, falou sobre o negócio do teatro. Falou com a minha mãe, depois a minha mãe me cutucou, aí pediu o número para eu falar com ela, eu falei com ela, aí pediu meu nome e o meu telefone", contou a mãe do bebê. "Eu ia vir em Campo Grande com a minha cunhada. Aí eu falei: 'Como eu vou lá em Campo Grande com a minha cunhada, eu vou me encontrar com você".
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